terça-feira, 31 de março de 2015

Último episódio de Cross Ange apela para nudez como último recurso

Ange em sua última batalha

[SPOILERS]

E assim chegamos ao final de Cross Ange: Tenshi to Ryuu no Rondo. Com uma cena de um quase abuso sexual de Embryo contra a heroína Ange. Que, é preciso que se diga, não fez absolutamente quase nada. Sua última luta ficou apenas ao pilotar um mecha contra outro que estava sendo controlado pelo vilão (em sua onisciência).

O final não teve grandes explicações. Serviu mais como desfecho num duelo mortal entre Embryo e Tusk. Não foi lá um grande último episódio que venha a deixar uma lembrança marcante, mas ainda assim não foi necessariamente ruim. Aliás, a última lembrança que teremos é de Ange estar do jeito que veio ao mundo. Mais vítima do que heroína.

Ange, poderia ter lutado e não ter deixado sua fragilidade feminina ser dominada por um vilão tão sem vergonha como Embryo. Apesar dos pesares, Nana Mizuki (a dubladora de Ange) se destacou mais uma vez ao cantar neste momento surreal de perigo. No momento, Ange estava sem roupas e com umas nuvens cobrindo os seios. Coisa que nunca tinha acontecido e nem mesmo naquele breve lampejo na abertura do anime. Tusk foi o herói da vez que bravou contra Embryo, embora parecesse uma luta perdida pelo altíssimo poder do "deus loiro". 

Cross Ange foi um anime divertido apesar de alguns fanservices. Pode até deixar saudades, mas o final poderia ter sido melhor. Mesmo assim, deu pra considerar.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Final de Aldnoah.Zero não convence e deixa a desejar

Slaine e Inaho nos momentos finais da série

Era de se esperar depois de uma temporada fraca e que prometeu ser melhor que a anterior. O final de Aldnoah.Zero não emplacou e tudo foi resolvido numa tremenda facilidade. Praticamente tudo aquilo que havia sido construído nos primeiros 12 episódios foi jogado na lata do lixo.

A Princesa Asseylum resolveu a questão da guerra entre a Terra e o Império Vers de um jeito fácil e coisa de "décima primeira hora". Se foi pra ser assim, porque não foi tudo resolvido tudo logo de uma vez lá no começo? É um furo a se pensar.

Outro ponto que ficou fácil demais foi a rivalidade entre Inaho e Slaine. Pra ser justo, a última batalha entre os dois foi um ponto alto neste final. Mas algo ficou faltando. Inaho não conseguiu conquistar aquela imagem heróica que deveria ter. Já Slaine, que foi o grande vilão que arrastou (dignamente) atenções para si na primeira temporada, não conseguiu fazer bonito nesta temporada.

No mais, o que estragou a temporada atual de Aldnoah.Zero foi toda uma enrolação desnecessária. Foi praticamente equivalente a um "filler". Independente disso, poderia ser melhor trabalhado e a produção poderia ter usado elementos que deram certo na primeira temporada.

Uma pena que estes últimos 12 episódios tenham sido um fiasco e pouquíssimos personagens que deixaram alguma marca.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Iris e Dr. Wells são os personagens mais malas de The Flash

Ela é chata ou não é?

[SPOILERS]

Olha, não tá dando mais pra aturar a Iris de tão chata e indecisa como ela é. No episódio de The Flash, exibido nesta quinta (26) pela Warner, vimos como ela fez tudo sorrateiramente para tirar a namoradinha de Barry do caminho. Ainda se fez de boba pra melhor passar/disfarçar.

Tá certo que ela e Barry se confessaram num momento em que Central City estava prestes a ser tomada por um tsunami (criado pelo Mark Mardon/Mago do Tempo). Mas nem isso a livra dessa. Aliás, não é a primeira vez que Iris provoca momentos de causar repúdio. A moça deu muito trabalho no começo da série em criar um blog anônimo onde fala sobre o Flash e os mutantes que surgem na cidade. Até aí, nenhum problema. Até cometer a burrice de revelar a autoria de seus posts e se colocar em risco.

Das séries da DC Comics pra TV, Iris bate de frente com outras garotas malas, como Lana Lang (de Smallville) e Thea Queen (de Arrow). E pode ter certeza que agora que ela sabe que seu amado é o homem mais rápido do mundo, não vai sossegar tão cedo na série.

Outro personagem mala, ou senão o mentor principal da vilania, é o Dr. Wells (ou melhor, Eobard Thawne). Agora Cisco descobriu aquilo que já sabíamos há tempos: que o homem é na verdade o Flash Reverso. Ainda não dá pra saber ao certo se o assisntente morreu de fato. O que é bem provável que sim. O interessante no diálogo decisivo entre eles é que Wells disse que precisava de Flash para "retornar ao seu mundo".

Provavelmente isso tenha alguma relação com a tal viagem no tempo do episódio seguinte, exibida há pouco nos EUA.


Dr. Wells e suas façanhas

Retorno de Arquivo X será a maior evidência da próxima temporada da TV americana

Scully e Mulder estão de volta na próxima temporada

Como todos já devem estar cientes, nesta semana tivemos a grata notícia do retorno da série Arquivo X na temporada 2015-16 do primetime da TV americana. Serão apenas seis episódios que levarão de volta os atores David Duchovny e Gillian Anderson às peles dos protagonistas Fox Mulder e Dana Scully, respectivamente. Personagens que os consagraram, inclusive. Essa é a onda que leva a Fox americana a reviver toda uma nostalgia e dar continuidade em algumas de suas séries de maior sucesso, no formato limited series. Foi assim como a volta de 24 Horas no ano passado (com o 24 Horas: Viva um Novo Dia) e o mesmo deve acontecer futuramente com Prison Break (arriscando a ausência de um de seus heróis).

É ótimo ver que os atores e também o criador Chris Carter empolgados com a volta da série após 13 anos de hiato. É preciso que se diga que também tivemos o segundo filme da série (Arquivo X 2: Eu Quero Acreditar) nos cinemas, em 2008. Acho que ao lado da possível estreia da série da Supergirl, Arquivo X estará em evidência na cultura pop das séries americanas em todo o resto do ano. Ou já é, né?

Arquivo X é uma ótima série que aborda casos sobrenaturais, extraterrenos e coisas do tipo ligadas à ficção científica. Para um desavisado, a série pode parecer chata e enfadonha. Na realidade, é um programa que não é pra qualquer um acompanhar. Tem que ter uma certa resistência e muita atenção, pois ela é bastante enigmática. E que bons tempos eram aqueles em que ligávamos a TV nas sextas à noite na Record ou na Fox para acompanhar o episódio da semana. E não será diferente quando a série retornar daqui a algum tempo.

Desde já, ficamos no aguardo para a data de lançamento e mais novidades da volta da dupla de agentes do FBI. Pois afinal, "a verdade está lá fora".

quinta-feira, 26 de março de 2015

Zé Bonitinho está nas melhores lembranças do humor brasileiro

Jorge Loredo como Zé Bonitinho (Foto: Divulgação)

Confesso que sou um cara novo pra ter acompanhado o personagem Zé Bonitinho, do ator/humorista Jorge Loredo - que faleceu nesta manhã. Devo ter conhecido o personagem na época da Escolinha do Professor Raimundo, na Globo. Mas tenho uma nítida lembrança do ano de 1999, quando ele estava na Escolinha do Barulho. Naqueles tenros tempos de minha adolescência, ele era um dos meus personagens favoritos do programa noturno da Record. Aliás, foi o programa onde foi melhor aproveitado nas últimas duas décadas.

Zé Bonitinho era aquele tipo de personagem que misturava alguns caricatos. Tipo, tinha uma cabeleira semelhante a de Elvis Presley, um bigode que lembrava o Charles Bronson, e uma roupa de gala bem extravagante. Esse era o "galã velho" que foi inspirado num cozinheiro, colega de Loredo, que era metido a garanhão e tinha a fama de ser feio.

Loredo lançou seu grande personagem em 1960 no programa Noites Cariocas, da extinta TV Rio. Sua última aparição foi no programa A Praça é Nossa, do SBT, onde já estava elencado há alguns anos.

Zé Bonitinho pode ser visto atualmente no Viva, durante as reprises diárias da Escolinha do Professor Raimundo.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Nova série dos Cavaleiros gera questionamentos em paralelo à saga de Hades

Aiolia na nova série dos Cavaleiros

Muitos tem se perguntado nas redes sociais quanto as lacunas que foram abertas com a chegada da nova série Saint Seiya: Soul of Gold (ou Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro). E são questionamentos interessantíssimos que não tem como não serem debatidos entre os fãs logo nesta altura da (pré-)temporada. Fora a criação de hipóteses que também são inevitáveis. Normal.

Não dá pra saber ainda se todas essas perguntas sejam respondidas ao longo dos próximos sete meses (considerando que a exibição dos 13 episódios terá intervalos quinzenais). São perguntas como estas:



  • Quanto tempo se passou desde que os Cavaleiros de Ouro "morreram" no Muro das Lamentações, uma vez que o eclipse acontecia semanas afim?




  • Quem consertou as armaduras de ouro ou de qual sangue foi usado para a reconstrução destas?




  • Os novos Guerreiros Deuses seriam mais fortes que os de Hilda?




  • Por qual motivos os Cavaleiros pararam em Asgard?




  • Que relação terá a grande árvore Yggdrasil?



Destas indagações, há uma hipótese de que o período da série se passe em uma semana. Ou seja, a fase de Elísios teria acontecido neste mesmo período. Seria mais ou menos no que aconteceu na primeira temporada de Digimon, onde um dia no Digimundo seria equivalente a um minuto na Terra. Este conceito não faria muito sentido aqui, a não ser que os elementos fossem invertidos, certo? Tudo bem que nada disso venha a ser respondido logo de cara no primeiro episódio. A regra é clara pra qualquer série, seja que gênero for. Conforme os episódios forem passando, as coisas serão respondidas com o tempo. O que se espera é que a Toei acerte a mão desta vez e faça uma ligação perfeita, respondendo os tais pontos. Já que ela resolveu mexer e tentar acrescentar algo a mais na mitologia do anime.

Segundo informações do site CavZodiaco, o que dá pra saber agora no momento, pelo que foi divulgado pela própria Toei Animation, é que a trama estaria em volta de Alicia. Levando em conta que ela tem algum tipo de ligação com Hilda e Freya, como foi visto no primeiro episódio. Outra coisa é quanto a escolha da produção em voltar à Asgard, por já estarmos acostumados com o lugar. Isso evitaria maiores explicações (caso fosse em outro local) e vale lembrar que tanto a saga de Hilda quanto Soul of Gold são fillers. E a irmandade de Aiolia e Aiolos serão mais exploradas e futuramente um embate entre o nosso Cavaleiro de Leão contra um importante Cavaleiro de Ouro.

De uma coisa é certa: Soul of Gold tem tudo para ser o anime mais badalado do ano e as expectativas são as maiores possíveis. E não é a toa, né? A força estranha de Saint Seiya é tamanha que já está garantida a exibição simultânea para praticamente todo o globo, através de streaming. Particularmente creio que a exibição brasileira se dê mesmo pelo serviço Crunchyroll, o maior serviço oficial de animes e há chances de ser aberto para não-assinantes, como comentei anteriormente. Nada confirmado ainda. Melhor aguardar as cenas dos próximos capítulos.

terça-feira, 24 de março de 2015

Penúltimo episódio de Cross Ange gera o diálogo mais louco de todo o anime

Tusk confessa suas intimidades para seu algoz

[SPOILERS]

Uma coisa que chamou a atenção no episódio desta semana de Cross Ange foi o estranho diálogo entre Tusk e o vilão Embryo no meio da guerra entre os mechas. Quem diria que o cavaleiro de Ange fosse contar sobre suas intimidades com a heroína para o chefão. Isso porque Embryo se autointitulou noivo de Ange e foi retrucado por Tusk, que disse para ele que o mesmo não sabia nada sobre sua amada e que teria passado três dias de amor com ela. Coisa que vimos acontecer de maneira comprimida há dois episódios atrás.

Cross Ange pode ser um anime carregado de fanservices embutidos numa trama chamativa/interessante. Mas por essa ninguém esperava. Aliás, diálogos em meio às batalhas nos animes são elementos que dão aquele ar de expectativa. Normal. Mas ao invés de emocionar, foi algo risível. Não que isso tirasse a seriedade da batalha final ou que a produção do programa teve a intenção de parodiar ou algo do gênero. Mas ainda assim foi bastante cômico e atípico.

Já na reta final, Cross Ange deixa saudades, faltando apenas o episódio final para a grande resolução. Espero que, apesar dos fanservices, o anime tenha um final digno como merece.

Enfim, Cross Ange divertiu e muito nos últimos seis meses.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Fox merece oito mil elogios por salvar o novo filme de Dragon Ball Z no Brasil

Filme estreia por aqui dois meses após o Japão

Há alguns dias atrás falei aqui no blog sobre minha indignação e preocupação quanto ao lançamento do novo filme de Goku e cia, intitulado por aqui como Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza. Como todos devem saber, o filme estreia no Japão no próximo dia 18 de abril. Bem, a Fox acertou a mão ao anunciar neste fim de semana o lançamento nacional para o dia 18 de junho (quinta-feira). Exatamente dois meses depois da estreia na terra do sol nascente.

Decisão mais que importante que beneficia tanto a licenciadora, o filme e, claro, os fãs da série. Seria louco demais se vessemos Dragon Ball nas telonas em outubro. O fato é que muito provavelmente a versão em home-vídeo saia no Japão por volta de agosto/setembro. E aí já saberíamos o resultado sofrível que poderia acontecer, né?

Temos que parabenizar oito mil vezes a Fox pela atitude em correr contra a ferrenha pirataria que iria colocar tudo a perder, caso o lançamento ainda estivesse com uma data avançadíssima. Não tem nem desculpa para cometer o mesmo erro com o filme A Batalha dos Deuses (licenciada pela Diamond Films), em 2013, já que O Renascimento de Freeza ganhará uma pré-estreia nos EUA a uma semana que antecede a estreia no Japão.

Bem, agora posso dizer uma coisa (que falei parecidamente no ano passado com Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário) que sempre desejei dizer com toda segurança e longe de spoilers audiovisuais: as salas de cinema vão ficar pequenas pra tanto chi.

Vamos todos juntos levantando as mãos para formar a Genkidama.

domingo, 22 de março de 2015

Soul of Gold tem tudo para ser um marco na mitologia d'Os Cavaleiros do Zodíaco

Aiolia com sua armadura dourada divina de Leão

Se você não aguentou tanta ansiedade e fez uma pré-estreia "particular" de Saint Seiya: Soul of Gold (ou Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro), parabéns. Você é um bravo soldado. Apesar da qualidade do vídeo postado na internet ser improvisada (gravada diretamente do evento AnimeJapan 2015), isso não atrapalhou a curiosidade.

Mas se você ainda não viu e está esperando o dia 11 de abril para ver a série no formato 16:9, vale a pena esperar sim por uma saga que promete. O primeiro episódio de Soul of Gold é introdutório assim como o início das demais sagas do anime/mangá. A animação é muito bem produzida e os traços dos personagens estão dentro dos padrões atuais (para o contragosto dos puristas/saudosistas/mancheteiros de plantão que andam por fora do que acontece no mundo dos animes hoje em dia).

O protagonismo de Aiolia é merecidíssmo. O cavaleiro tem uma boa interação com a garota de cabelo azul chamada Alicia. Alguns andam confundindo com Saori Kido/Atena, mas tal comparação (apesar da semelhança) é improvável. Uma vez que ela tem alguma ligação com Hilda e Freya, que aparecem aqui também. Curiosamente, Hilda volta a ter sua voz emprestada pela seiyu (e cantora de alguns temas de Cavaleiros e outros animes e tokusatsus) Mitsuko Horie. Hilda agora está sofrendo de uma espécie de maldição imposta pelo poder de Andreas, o novo representante de Asgard.

Antes que qualquer coisa, é preciso ter em mente e prestar bem atenção no roteiro (afim de evitar críticas mal fundamentadas por aí na internet). Os Cavaleiros de Bronze (Seiya e sua turma) não devem aparecer. Provavelmente ainda estejam - em paralelo - passando pelos Campos Elísios, ainda na saga de Hades. Outra coisa importante: os Guerreiros Deuses que vimos na série clássica não estarão na série por motivos óbvios. Em seus lugares estarão mais sete guerreiros, e o primeiro deles, chamado Frodi, aparece lutando contra Aiolia. O mais engraçado em sua armadura são os seus ombros que parecem terem sido inspirado num desfile de escola de samba (com trocadilho) ou algo parecido. No mais, é uma armadura muito louca. E a armadura divina de Leão, então, é algo surpreendente e deixar qualquer fã de boca aberta. Uma grandiosidade à parte.

Estou curioso mesmo é quanto à atuação dos demais Cavaleiros de Ouro na nova trama. É possível ver Mu de Áries após os créditos finais. Talvez não dê para todos eles terem um protagonismo em cada episódio, até porque a quantidade é limitada: apenas 13 no total. Vê-los também com vestimentas civis é outra peculiaridade a ser aplaudida.

Citei sobre os créditos finais acima. Estes passaram com uma nova versão de "Soldier Dream", agora cantada pelo grupo Root Five. O recauchutamento não é o mais empolgante e belo, quanto na versão original de Hironobu Kageyama, mas não deixe de ser legal.

Há possibilidades de Soul of Gold ser trazida logo logo para o Brasil nas próximas semanas pela Toei Animation e ganhar exibição legalizada em simulcast pela Crunchyroll (a.k.a. "Netflix das séries japonesas", caso não saibas). Porém nada confirmado até o momento. Se a coisa acontecer mesmo, é provável que o acesso seja gratuito. Ou seja, aberto para os não assinantes do serviço. Assim como acontece quinzenalmente com Sailor Moon Crystal. Tomara.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O conceito dos Sextos Rangers e Bangai Heroes nas séries Super Sentai

Gai Ikari e os 15 sextos Sentai Rangers anteriores a ele

Quase sempre nas séries de Super Sentai houve a presença de um sexto herói de cada equipe. Mas isso às vezes grila na cabeça de alguns fãs dos esquadrões quanto à oficialização desse ou daquele outro herói de algum Sentai. Pra esclarecer isso, resolvi criar este post pra tentar ajudar na compreensão do conceito formado ao longo dos anos pela Toei Company. Vamos por partes:







[SPOILERS]










Os protótipos não-oficiais


Magne Warrior, o primeiro protótipo
 para um sexto membro

Voltando um pouco no tempo, mais precisamente em 1984, na série Chodenshi Bioman houve uma ideia de um sexto herói daquela trupe. Isso se deu num arco formado nos episódios 35 e 36. Lá apareceu o personagem Shota Yamamori (interpretado pelo nosso Hikaru "Jaspion" Kurosaki), que era um protetor da natureza e se apaixonou por Jun Yabuki, a segunda Yellow Four. Por não possuir as Partículas Bio, Yamamori é enganado pela vilã Farrah (interpretada pela finada Yoko Asuka - esposa de Kurosaki) e se torna Magne Warrior, um guerreiro de traje preto que era dominado pelo Império Gear. Logo, Shota consegue se livrar da maldição e perde os seus poderes.


Mask X-1, o primeiro Maskman
Cerca de três anos depois vemos um herói com uniforme verde na série Hikari Sentai Maskman (exibida no Brasil pela extinta Rede Manchete entre 1991 e 1999). Ele era Ryo Asuka, o primeiro Maskman denominado pelo codinome Mask X-1 (X1 Mask no original). O visual do herói era um design não aprovado pela Toei para aquele sentai, que originalmente se chamaria "Fiveman" (sem relação alguma com o Super Sentai de 1990). No episódio 39, Ryo aparece para salvar os Maskman do monstro Magma Dougla (Magma Doggler). Outrora lutava contra o Império Subterrâneo Tube e deixou de lutar quando sua namorada foi morta pelos capangas. No final do mesmo episódio, após uma luta definitiva contra o mesmo monstro, Ryo perde os poderes de Mask X-1.


Os dois heróis mencionados acima serviram como protótipos de sexto guerreiro. Eles não são oficiais e estiveram só de passagem em suas respectivas séries. Seria impossível eles aparecerem na Legend Taisen (relatada na série Kaizoku Sentai Gokaiger), uma vez que seus poderes foram perdidos pra todo o sempre. Aliás, um retorno destes seria um puro fanservice. Já pensou aí se X-1 surgisse ali do nada usando apenas com o seu Gas Buckle? Frustrante seria até pra própria Toei, né? Não faria muito sentido.


A concepção de Mask X-1



Os Sextos Rangers dos Sentais


A cor de prata é a mais usada para os sextos rangers

De fato, Dragon Ranger, da série Kyoryu Sentai Zyuranger, é o primeiro dos sextos membros oficiais. Uma vez que ele passou a atuar frequentemente naquela série. E assim aconteceu com Kiba Ranger, de Gosei Sentai Dairanger, e assim por diante. Geralmente estes heróis aparecem no meio das respectivas séries por volta do episódio 17 de cada. Mais precisamente no início de junho. Porém, há exceções.

Atualmente há 19 Sextos Rangers oficiais, sendo: 6 de prata (sendo esta cor a mais comum), 5 de ouro, 3 brancos, 2 verdes, 1 preto, 1 vermelho, e um laranja (este último no recente Ressha Sentai ToQger). Dentre as variadas personalidades destes, há os mais solitários (Dragon Ranger, Time Fire, Gao Silver, Abare Killer, Bouken Silver, Go-On Gold, Gosei Knight, ToQ 6-gô), outros como alívio cômico (Kiba Ranger, Mega Silver, Shurikenger, Shinken Gold, Gokai Silver, Kyoryu Gold), e outros são como a sábia voz da razão (King Ranger, Deka Break, Magi Shine, Go-On Silver). Em breve, na série Shuriken Sentai Ninninger, teremos StarNinger (da cor dourada) como novo integrante.

É preciso que se diga que dentre estes heróis há aqueles que são apenas equivalentes a um "sexto membro". Como por exemplo, o Abare Killer, que é na verdade um quinto integrante dos Abaranger. Ou seja, serve como um "herói suplementar". Nas séries de Sentai onde não há um Sexto Ranger, há um Bangai Hero.

Existem vários Rangers e outros heróis neste meio que poderiam ser contados como sexto membro, mas não há nenhuma oficialização para eles. Podemos tomar como um bom exemplo Sokichi Banba/Big One (JAKQ Dengekitai). Tecnicamente sendo um quinto herói, foi um membro adicional que passou a liderar sua equipe. Outro exemplo é a Radietta Fanbelt, que foi chamada também de "White Racer" apenas por sua fantasia baseada nos Carranger. Mas não poderia ser considerada como nova integrante, já que sua fonte de energia era diferente dos heróis.


Bangai Heroes

Alguns Bangai Heroes dos esquadrões

Como aliados dos Super Sentais, os Bangai Heroes (ou Extra Heroes) são semelhantes aos Rangers. Mas não são classificados como membros oficiais dos esquadrões-título. Boa parte deles são heróis recorrentes. Alguns deles são discutidos a serem como Sexto Rangers, mas oficialmente não são classificados como tais. Eles são Ninjaman (Ninja Sentai Kakuranger), Gunmazin (Choriki Sentai Ohranger), Signalman (Gekisou Sentai Carranger), Hyuuga (Seijuu Sentai Gingaman), Zubaan (GoGo Sentai Boukenger), Rio e Mele (ambos de Juken Sentai Gekiranger).


Juuma Hunter Zeek ao lado dos GoGo Five
 no ocasional summer movie Kyukyu Sentai GoGo Five:
 Gekitotsu! Aratanaru Chō-Senshi (1999)

Atualmente há alguns Extras que também são debatidos entre os fãs para terem essa classificação. Porém são apenas heróis one-off e ainda não houve nenhuma admissão por parte da Toei Company para oficializarem. São eles: Dan (Choujin Sentai Jetman), VRV Master (Gekisou Sentai Carranger), Zeek, Zeek-Jeanne (ambos do primeiro V-Cinema de Kyukyu Sentai GoGo Five) e Ryo Knight (Ressha Sentai ToQger).


Ryo Knight

quinta-feira, 19 de março de 2015

Séries japonesas nas madrugadas da Rede Brasil não devem durar muito tempo

Jiban é uma das séries a passar em altas horas

Outro dia eu conversava com uma amiga, que também é fã de tokusatsu, sobre as inconstantes mudanças de programação da Rede Brasil para com as séries Jaspion, Changeman, Jiban, Ultraman e do anime clássico da Sailor Moon (primeira temporada com a dublagem dos estúdios da extinta Gota Mágica). Na conversa chegamos a conclusão de que a emissora UHF de São Paulo usa a exibição das séries como tapa-buraco e sequer tem uma devoção ou compromisso com os programas.

Nesta semana, as séries que tinham reprises às dez da manhã (a primeira exibição de cada acontece às 7h) passaram para o horário das 23h30. É um horário interessante, pois chega próximo a um horário shin'ya (tarde da noite) das exibições de anime/tokusatsu na TV japonesa nos fins de noite/madrugada. O problema é a própria falta de respeito e compromisso do canal para com o público (cujo parte ainda incentiva inconscientemente para esta famigeração), a cronologia que é desrespeitada sem dó e nem sequer passa da metade de cada série, e com os horários que mudam sempre e sem qualquer sinal de aviso.

Emissoras como a Rede Brasil, que não pagam os direitos para exibição, estão longe de terem uma organização da TV japonesa. De seguir um cronograma de cours trimestral/semestral, onde pode haver mudanças de horário quando há necessidade de formação na grade do próximo trimestre. Se a Rede Brasil tivesse ao menos uma dimensão do que é isso, ela poderia muito bem firmar este horário. Coisa que não deve acontecer por burrice mesmo.

Veja bem, eu mesmo tinha defendido a Rede Brasil neste espaço quando seu sinal havia chegado nas TVs por assinatura. Não demorei muito pra me decepcionar ao acompanhar e ver a bagunça que é a programação. E confesso que, sempre que posso, acompanho as séries por causa delas e para prestar atenção nas mancadas da emissora. Mas nada melhor que nós mesmos fazermos nossos próprios horários com as mídias físicas e móveis. Sejam materiais oficiais ou de divulgação/alternativos, né?

PS: A emissora deveria seguir o exemplo da PlayTV, que vai passar animes neste mesmo horário a partir de abril e deve se firmar por um bom tempo, se nada der errado por lá.


Sailor Moon é outra vítima noturna do canal

terça-feira, 17 de março de 2015

Gotham tem seus piores momentos antes do hiato

Fish com seu novo olho

O que está acontecendo com a série Gotham? Sério, coisas bizarras estão acontecendo na trama e nada mais está empolgando o programa. Pelo contrário, fartos curiosos estão beirando o trash. É a Fish Mooney arrancando o próprio olho, é Alfred esfaqueado, e Nigma (a.k.a. Charada) sendo dispensado fácil fácil pela sua pretendente.

Aliás, nem os casos investigativos e as investidas do Pinguim estão salvando a série da queda de qualidade. A trama anda meio enrolada e espera-se que os roteiristas tenham encontrado algum elemento que deixe uma deixa impactante para a segunda temporada.

A série está em hiato e volta com os últimos quatro episódios da temporada no mês que vem. Gotham tem potencial pra surpreender o público, mas a coisa parece ter emperrado de vez. Espero que seja um problema temporário.

segunda-feira, 16 de março de 2015

TV Globinho merece sim sua extinção e digo o porquê

Dragon Ball foi limado no programa por várias vezes

No final do ano passado eu comentei aqui no blog sobre o fim da TV Globinho. Lá no post eu disse o público do programa infantil não estava dando a mínima nos últimos tempos pela falta de animes na programação. Citei também que na época em que o programa de Fátima Bernardes assumiu seu programa no horário matinal, muitos dos que não estavam nem aí pra TV Globinho se manifestaram e fizeram um mimimi nas redes sociais pela volta do programa. Aliás, a TV Globinho ficou apenas aos sábados e ainda assim teve gente que "enterrou" prematuramente o mesmo. Como se houvesse uma dependência pela programação.

Desde o anúncio do fim da exibição semanal da TV Globinho, eu vejo esses mesmos mimimis crescerem vertiginosamente e sem contextualização alguma. "Falta de contextualização" é pouco pra descrever. Falta também bom senso e coerência. Senão, vejamos: é possível contar nos dedos os programas infantis que sumiram em outras emissoras nos últimos 15 anos. Principalmente de animes. O Band Kids, por exemplo, antigamente era formado por animes na época da personagem Kira (interpretada pela atriz Renata Sayuri). O bloco sumiu por um tempo e voltou com desenhos da Nickelodeon. De animação japonesa, tinha Os Cavaleiros do Zodíaco, que não teve um bom tratamento. Não vou citar e deixo essa pra se puxar pela memória. Ninguém chiou e ficou por isso mesmo.

Na Record, além de Pokémon como carro-chefe, tinha o tokusatsu Ultraman Tiga que foi tirado do ar, pela própria Eliana (leia mais aqui), e quase ninguém reclamou. O mesmo aconteceu com o anime Sailor Moon R que nunca foi concluído por lá. E isso pra não citar o bloco TV Kids, da RedeTV!, que sumiu do mapa e ninguém fez um apelo nas redes sociais.

E agora é a vez da Globo contar os dias da TV Globinho. Não tiro o mérito do programa, pois teve o seu valor. E reitero minha opinião dizendo o seguinte: a TV Globinho já deu o que tinha que dar. Fez sua contribuição e não fará falta alguma, a não ser por alguns desenho que lá estiveram. Tinham séries boas e ruins. Enfim, foi uma fase que se foi. Assim como foi o Globinho, Xou da Xuxa, TV Colosso, Angel Mix e Bambuluá (que, aliás, ninguém fez comoção por estes programas).

E qual o problema de haver programas informativos pela manhã como o Bem Estar e Encontro com Fátima Bernardes? Teve gente que (pasmem!) amaldiçoou os apresentadores destes por simplesmente eles estarem lá substituindo a TV Globinho. Saiba que eles estão lá pra fazer os seus trabalhos como profissionais. E nenhum deles tem culpa disso. E se há um culpado, ou melhor, culpados pela extinção da TV Globinho são os próprios telespectadores. Especialmente os otakus/fãs de anime.

Outra coisa que não dá pra entender é a comparação que fazem nas redes sociais afora. Tipo: "com TV Globinho" apresentando animes e "sem TV Globinho" mostrando crianças bebendo/fumando. São duas coisas diferentes que não dá pra comparar. Então vamos combinar uma coisa: observem aí a programação matinal diárias das TVs aberta americanas e japonesas e vejam se lá tem crianças que fumam e bebem porque as programação de lá são voltadas para as donas de casa. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, minha gente.

Antes que alguém diga que estou defendendo a Globo, não se trata disso. Assim como qualquer emissora, ela tem suas virtudes e presepadas. E se tratando de anime, sabemos que ela nunca foi tão amigável com as séries japonesas. Quem não lembra aí dos cortes grotescos que ela fazia com animes como Dragon Ball Z, por exemplo, que passava num horário inadequado (pela manhã). E já pensou se Os Cavaleiros do Zodíaco fosse pra lá? Seria uma catástrofe infernal, concorda? O mimimi seria de mesma intensidade - e eu não tiraria a razão. As séries Digimon são caso raro, pois tiveram tratamento e divulgação muito bem trabalhada. Porém, é preciso que se diga que a temporada Data Squad (Savers no original) foi cancelada após 20 episódios exibidos por falta de audiência. Se há falta de audiência, pode haver duas circunstâncias: falta de tempo (pois há pessoas na escola/faculdade/trabalho) ou falta de força mesmo do público específico que estaria livre no turno. E nem falo de público infanto-juvenil, mas também dos adultos que ainda acompanham animes/cartoons e programas do gênero. Os cortes que a Globo fazia também influenciavam - e muito - na baixa audiência. No entanto, tais protestos não fazem sentido em ângulo algum.

A TV Globinho tem o fim que merece. Não pela suposta censura, mas pelo saudosismo nonsense e a falta de apoio dos próprios telespectadores - que acordaram tardiamente para reclamar. O futuro da programação infantil está na TV por assinatura e nos serviços oficiais de streaming. Os tempos são outros, mas parece que o público (sem generalismo) que viver de passado que nem museu. Agora veja bem: eu não sou a favor do fim do programa em si, mas da reformulação da programação para o fim de semana. Como estará até o final deste mês. Ainda temos o Sábado Animado, do SBT. Este está longe de acabar, embora Silvio Santos esteja com planos de trocar o Bom Dia & Cia pela ampliação do SBT Jornal. Alguém cortaria os pulsos, choraria ou xingaria o nosso amigo "patrão" por estes programas também?

sexta-feira, 13 de março de 2015

Jaspion e a origem que o Brasil desconhece

Saiba a verdadeira concepção do nosso Ginga no Tarzan

Tá certo que Jaspion teve várias influencias de grandes obras cinematográficas. Principalmente de filmes como Star Trek, Star Wars e até mesmo de 2001 - Uma Odisseia no Espaço e A História Sem Fim. O que poucos sabem (pelo menos na grande parte da tokunet brasileira) é quanto às várias concepções e projetos que a Toei havia levantado para suceder o lugar da trilogia dos Policiais do Espaço. O Blog DAILEON apresenta agora com EXCLUSIVIDADE uma pauta que esteve na edição #26 da revista japonesa Toei Hero Max, do verão de 2008. Acompanhem agora a verdadeira gênese do nosso herói nas vésperas da data em que a série completa 30 anos de sua estreia no Japão, no próximo domingo (15 de março).


O início de roteirização


Páginas da edição da Toei Hero Max
#26 que conta como tudo começou
Como planejamento para a sucessão da série Uchuu Keiji Shaider (Policial do Espaço Shaider), que estava no ar durante o ano de 1984, o produtor Susumu Yoshikawa e o roteirista Shozô Uehara - ambos pela Toei Company - começaram a trabalhar naquela que seria o programa que deveria ocupar o horário das 19:30 das sextas-feiras a partir de março do ano seguinte (1985), na programação da TV Asahi. Havia uma hipótese de ter uma quarta série de Uchuu Keiji. Porém a Toei resolveu fechar a franquia com uma trilogia ainda nos primeiros meses de exibição de Shaider.

A proposta inicial não se tratava de um Metal Hero. O título provisório seria Ginsei Ouji Big Bang (Príncipe da Estrela de Prata Big Bang), que contaria a história de uma misteriosa fera espacial. Á pedido da Bandai (empresa de brinquedos japonesa e parceira da Toei Company), foi feita uma reformulação no roteiro. O novo projeto seria de um herói fugitivo, cujo seu planeta havia sido destruído por uma rainha do mal. Estes elementos foram utilizados futuramente para a série Jikku Senshi Spielban (Guerreiro Dimensional Spielban; Jaspion 2 – Spielvan no Brasil), que sucedeu Jaspion no ano de 1986. A partir daí a Toei decidiu que manteria o mesmo nível de efeitos especiais utilizados na trilogia dos Uchuu Keiji.


Ginsei Ouji Big Bang (Príncipe da Estrela de Prata Big Bang)


Inspirado nas teorias da formação do universo, Big Bang se passaria no espaço e teria como tema uma tenebrosa guerra cósmica. Enquanto isso, o sistema solar e a Terra estariam em paz. O império do mal se chamaria Space Storm Quasar e seria liderado pela imperatriz do mal Himeela (lê-se: himila - "h" com som de "r" de rir). Seguida pelo Astuto Estrategista Chi, Os 3 Belos Espiões: Preone, Pretwo, Prethree (ou equivalentes às posições “Alpha”, “Beta” e “Gama”, respectivamente). Abaixo deles viriam as Feras Lutadoras Artificiais Deistman, poderosas e terríveis feras que seriam metade máquina e metade animal.

Big Bang viu o seu planeta das águas ser invadido, durante a sua infância. Sem alternativa, Big Bang se refugiaria na Terra. O pequeno alienígena seria adotado por uma família de fazendeiros e se chamaria Tarô.

Como adulto, Tarô adquire a consciência de sua responsabilidade herdada de seu planeta natal e passa a usar um traje de combate. Afim de proteger a Terra e restaurar seu planeta. Tarô mantém sua identidade como Big Bang em segredo. Ele treinou arduamente para aperfeiçoar suas técnicas até o iminente dia da invasão do império Quasar.

Os roteiristas usariam elementos dos filmes holywoodianos Gremlins (1984) e Poltergeist (1982) para esta série. Embora a gênese lembra-se um pouco o Super-Homem. A partir daí, surgia um terceiro projeto, aproveitando as mesmas idéias planejadas.




Kaiju Tokusou Huntman (Investigador Especial de Monstros Huntman)


Ao invés de um herói vindo de outro planeta, este então novo projeto começaria na própria Terra. Seu nome seria Jimbo, e ao se transformar passaria a ser conhecido como o Homem-Fera Huntman.

Os demais personagens continuariam com as mesmas características. Para que ficasse tudo conforme o que já havia sido antes estipulado financeiramente, a idéia de uma guerra espacial foi abandonada. Ou seja, os eventos ocorreriam no nosso planeta. Segundo o produtor Susumu Yoshikawa, esta obra teria como inspiração o filme Os Caça-Fantasmas (1984).

Huntman contaria com o auxílio de um grupo de jovens que, ao seu lado, passariam a lutar contra criaturas estranhas que surgem em meio à sociedade humana.




Youjuu Tokusou Deniro (Investigador Especial de Feras Malignas Deniro)


Design do capacete de Deniro

Mais uma alteração. O quarto projeto seria a série Youjuu Tokusou Deniro. Assim como os demais Uchuu Heroes (a trilogia Uchuu Keiji e mais Spielvan), Deniro teria o seu nome como uma homenagem/tributo a algum artista estrangeiro. A vez seria do ator hollywoodiano Robert De Niro, que está na atividade desde 1963 e já era conhecido por filmes como Era uma Vez na América e Amor à Primeira Vista (ambos sucessos mundiais de 1984). As características dos Uchuu Keiji voltariam a ser cogitadas nos bastidores.

Com o surgimento de várias idéias de Saburo Hattê (pseudônimo dado ao grupo de roteiristas da Toei), Shozô Uehara propôs um novo título: Kyojuu Tokusou Juspion (Investigador Espacial de Feras Gigantes Juspion; lê-se: djaspion). A junção do nome do herói seria a fusão das palavras inglesas “Justice” e “Champion”. Ao pé da letra, o significado seria algo como “campeão da justiça”.

Juspion era um órfão treinado num pacífico planeta e desbravando pela galáxia, ele combaria o mal lutando contra as mais terríveis ameaças. Os destaques seriam das batalhas contra monstros gigantes. Juspion possuiria um poderoso combat suit (assim como os Uchuu Keiji). Além de uma nave-mãe gigante que transporta um tanque, uma jato e uma moto.

No Planeta Medes, o cientista Edgin decifra uma parte da Bíblia Galática que prevê o surgimento de Satan Gorth. Um poderoso demônio espacial que tem o poder de enfurecer os monstros (e deixá-los incontroláveis) e também o grande líder do Império Fog. Contudo, Edgin confia a Juspion a missão de defender a paz na galáxia. O trecho da Bíblia dizia algo como: “Quando Satan Gorth despertar a ira dos monstros espaciais, os planetas podem ser destruídos e as civilizações dizimadas. Lute contra estes monstros e elimine Satan Gorth. Você tem a missão de defender a paz neste universo!”

Juspion parte numa jornada ao lado de sua parceira Anri, que seria a filha do cientista Edgin e perita em computadores. A nave-mãe poderia se converter num robô gigante.

Durante o enredo, é revelado que Satan Gorth teme o Pássaro Dourado, criatura gerada de um ovo dourado. Em meio a missão de derrotar Satan Gorth, Juspion também corre em busca do tal Pássaro Dourado. Pistas apontariam que ele estaria no nosso Sistema Solar. Satan Gorth vai para a Terra. Ao saber disso, Juspion também vai para lá. Futuramente Juspion teria a ajuda de uma guerreira espacial chamada Jeannie, que viria à Terra para vingar a morte de seus pais e do irmão mais novo - exterminados por Fog - e passaria a ter uma identidade humana como Yumeko Hino.


A definição final de Jaspion


Daileon foi inspirado em Ultraman, como parte das batalhas contra monstros gigantes

Vários elementos de Big Bang, Huntman e Deniro foram aproveitados na construção dos episódios da nova série Juspion. Principalmente os capítulos iniciais. As feras gigantescas Irongiller e Winger foram rebatizadas como Tetsugos (T-Goss na dublagem) e Haneder. A maior curiosidade foi sem dúvidas na elaboração de Satan Gorth. O vilão foi concebido das mais variadas formas de inspiração de diversas mitologias e até mesmo do Antigo Testamento da Bíblia Sagrada. Desde grifos, dragões, e até o mitológico Cthulhu. Os designers da Bandai sugeriram um visual inspirado no vilão Darth Vader, da série de filmes Star Wars. A aparência de Cthulhu foi usada apenas nos episódios finais, quando o demônio espacial se torna o Dai Satan Gorth (Grande Satan Gorth ou Poderoso Satan Goss na dublagem).

Kerly e Hanna, os finados pais de Juspion, seriam algo como guias espirituais do herói pelo Pássaro Dourado. Outra definição seria o monstro Ballzoo como Marigos. Junto de Juspion e Anri é criada a monstrinha Miya. Nos preparativos das gravações do primeiro episódio, outras mudanças foram feitas. Anri continuaria sendo especialista em computadores, porém se tornou uma ginoide (mulher andóide). Marigos e Haneder foram escolhidos como os monstros estreantes, onde se passaria no Planeta Beezee. Neste estágio, o staff se empenhava tanto no início de produção de Jaspion e no final da série Shaider. Para a Toei, a dupla tarefa foi árdua e gratificante ao mesmo tempo.

A equipe de produção se reuniu numa premiere realizada em uma sala de projeção, duas semanas antes da estréia de Jaspion. A dupla Yoshikawa/Uehara estavam muito otimistas com a estréia da nova série. Os dois primeiros episódios foram dirigidos por Yoshiaki Kobayashi e o terceiro por Takeshi Ogasawara. A Toei decidiu que estes episódios iniciais se passariam no espaço. Com a intenção de causar impacto e por razão de orçamento. A partir do quarto episódio, a trama se passaria somente na Terra.

Apesar de Jaspion ter um apelo para o público infantil, a Toei tinha a intenção de melhorar o roteiro, com o passar dos episódios. Afim de obter melhor estratégia comercial, especialmente com os primeiros quatro episódios. Na mesma época ia ao ar a versão live-action de GeGeGe no Kitarô. Havendo então uma cooperação entre as duas equipes de produção. A filmagem da película era de 16mm, utilizado desde a série de TV Uchuu Kara no Message: Ginga Taisen (continuação do filme Uchuu Kara no Message), de 1978, e considerada como "alta qualidade" na série Uchuu Keiji Gavan, de 1982.





Quanto à audiência, a média de 11,8% foram bons índices de audiência. Contrariando a lenda brasileira que reza o “fracasso de Jaspion no Japão”. Apenas não atingiu a mesma popularidade que teve no Brasil ou até mesmo de Gavan em seu país de origem. A série não agradou tanto o público de Uchuu Keiji, mas chamou a atenção de um novo público mirim que, até então, não se interessava por esse tipo de programa. A intenção era agradar os dois públicos, ainda que a Bandai tivesse proposto elementos que seriam diferentes dos antecessores do nosso Ginga no Tarzan. Daileon foi uma idéia essencial, pois atrairia o público que já acompanhava a franquia Ultraman.


Créditos de informação: Michel Matsuda e Márcio Marzo (Fórum Tokubrasil)

*O texto acima não é essencialmente uma tradução direta da reportagem da revista japonesa Toei Hero Max.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Professor Raimundo sem Chico Anysio é um convite ao fracasso

O saudoso Chico como Raimundo Nonato (Foto: Divulgação/Globo)

Saiu na coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, uma nota que diz que a Escolinha do Professor Raimundo ganhará um revival ainda este ano pelo Viva. Como todos sabem, o humorista Chico Anysio, que deu a vida ao personagem que dizia bordões como "É vapt-vupt" e "E o salário, ó...", não está mais entre nós há cerca de três anos. A solução que a emissora tomou foi convidar Bruno Mazzeo, o filho de Chico, para interpretar o professor.

Nada contra Mazzeo, que vai ter uma baita responsabilidade nas mãos para interpretar um personagem clássico da TV brasileira. Tudo bem que é o filho do saudoso humorista cearense, mas algo pode ficar estranho pelo simples fato de não termos mais o mestre do humor. Não sei se é porque a imagem de Raimundo ficou atrelada ao Chico. São carne e unha. Fica difícil ver outra pessoa interpretar um personagem de um artista falecido. Já tivemos outros exemplos como Marcelo de Nóbrega (filho de Carlos Alberto) interpretar personagens de Roni Rios, como a Velha Surda e Philadelpho, no programa A Praça é Nossa. Uma catástrofe. Isso pra não citar que outros atores interpretarão os alunos da Escolinha nesta nova versão.

É bem verdade que o Viva está na onda de criar revivals de programas extintos da Globo (que estão sendo reprisados no canal da Globosat). Deu certo com Sai de Baixo, em 2013, pela expectativa de ver parte do elenco original voltar como seus respectivos personagens numa continuação. Globo de Ouro, em 2014, foi quase um fiasco simplesmente pela ideia de misturar atrações clássicas de renome no meio de certas atrações pitorescas da atualidade.

Não dá pra se ter uma grande expectativa com a volta da Escolinha sem Chico Anysio. Pode ser que Mazzeo nos surpreenda? Sim. Ainda assim é um risco para o legado de um programa que deu certo no passado (com Chico em vida) e que poderia ficar somente nas reprises diárias. Vamo ver no que vai dar. Isso só o tempo pode responder.

terça-feira, 10 de março de 2015

Necessário é que nenhum personagem principal de Cross Ange morra antes do arco final

Cross Ange: Tenshi to Ryuu no Rondo está rumando para o seu arco triplo final que se dará daqui a cerca de três semanas e um certo susto aconteceu no episódio do final de semana retrasado.
[SPOILERS]

Quem assistiu ao episódio 21 do anime, deve ter tomado um baita de um susto ao ver dois personagens queridos morrerem. Ou supostamente isso. Foram Momoka e Tusk. Respectivamente a empregada e o affair da heroína loira. Foi aquele momento em que você queria xingar o Embryo de qualquer jeito por tamanha safadeza e crueldade.

Mas tudo não passou de, digamos, uma pegadinha dos roteiristas. Quem sabe talvez um pretexto pra unir de vez Tusk e Ange numa cena romântica, exibido no episódio 22, deste sábado (7). Foi algo do tipo "tudo azul/Adão e Eva, e o paraíso/Sem pecado e sem juízo". O mais engraçado foi que o reencontro começou num belíssimo pôr-do-sol e terminou com ambos do jeito que vieram ao mundo num amanhecer. Mais fanservice, impossível. De qualquer forma, foi bom ver o casal assumir os seus sentimentos duma vez, mesmo que de um jeito bem curioso.

Bem, morreu Marika em batalha. Mas ela era uma personagem menor na trama. É essencial que garotas como Salia, Salamandinay e Hilda estejam no arco dos três episódios finais. É possível que alguma delas venha a ter um final trágico. No mínimo, essa possibilidade não está descartada. Embryo é um personagem poderoso demais. Mas ainda às vezes dá aquela leve impressão de que o vilão possa decepcionar no desfecho. Tipo, tudo pode ficar fácil demais por causa de sua terrível força. Espero estar errado e ver o vilão surpreender ainda mais nesta reta final.

Ah, o título deste post foi um trocadilho com o titulo do episódio da semana intitulado "Necessary". Romanizado e sem caracteres em katakaná.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Pra salvar Aldnoah.Zero do tédio, a solução é uma terceira temporada

Slaine já não é mais como antes

Olha, o anime Aldnoah.Zero é uma das séries bem promissoras dos últimos tempos. A primeira temporada teve um ritmo frenético que impactou a crítica. Mas a pergunta que não quer calar neste momento é a seguinte: o que aconteceu com a qualidade da atual temporada? Sério. Definitivamente a história caiu na beira do enfadonho. Aquele ritmo frenético cheio de intriga e conspiração se perdeu logo na (re)estreia em janeiro. Alguém poderia dizer: "Mas o anime ainda tem luta entre os mechas". Verdade. Isso é importante, mas não o essencial para engrenar o enredo. Vamos por partes:

[SPOLIERS]

Na temporada passada tínhamos um Slaine surpreendente, que foi o centro das atenções e roubava cenas de todo jeito. Era um grande amigo da Princesa Asseylum e que a protegia do Conde Saazbaum, a quem o servia pelo Império Vers. Agora Slaine aparece quase sempre em diálogos com sua noiva Lemrina, a meia irmã de Asseylum. Aliás, Lemrina não surpreendeu em nada na trama. É praticamente descartável não convence como deveria. É sempre uma dureza ver as cenas dela.

Outra personagem que fez falta, ou melhor, estava, era a própria Asseylum. Como sabemos, ela esteve em como após o ataque que sofreu no final do cour passado. É meio confuso às vezes saber qual o propósito dela nesta temporada. No episódio do sábado passado (28), ela havia acordado de seu coma e apareceu ali sem mais e sem menos. Não vimos uma cena que relatasse seu retorno. O que já é estranho. Há alguns momentos em que Lemrina assume a imagem da própria meio-irmã. Sem mais.

Apesar desses problemas, ainda temos o Inahô que está tendo um destaque considerável desta vez. Até maior do que antes, mas não o suficiente. É um personagem que tinha tudo pra crescer de vez agora, uma vez que ele possui um olho mecânico.

Tá certo que faltam três episódios para a série acabar. Não há previsão ou algum sinal de uma nova temporada. Mas se for pra levantar o pique novamente, que a A-1 Pictures faça uma terceira temporada pra ao menos redimir desse erro. Do contrário, melhor não ter mais nada referente ao anime.

Como eu disse acima, estamos na reta final de Aldnoah.Zero. Não acredito que haja uma grande reviravolta que dê aquela engrenada e nos faça ficar na ponta do sofá (ou da cadeira) roendo as unhas. Espero que eu esteja errado e saíamos logo dessa sofrência.