sexta-feira, 28 de abril de 2017

Segunda temporada de Kamen Rider Amazons é mais sanguinolento e deixa Heisei Riders no bolso

Amazon Neo

Antes de qualquer coisa, o texto não é nenhum comparativo com os Riders das manhãs de domingo da TV Asahi, principalmente com Kamen Rider Ex-Aid (este está indo bem, apesar dos pesares). É que Kamen Rider Amazons voltou mais violento e mais sanguinolento do que em sua primeira temporada.

Depois de ver os primeiros três episódios, a impressão que fica é que Amazons cumpriu a tarefa que os Heisei Kamen Riders não conseguiram fazer em 17 anos. O enredo está mais violento. Bem mais do que isso, a história está mais adulta (no bom sentido, é lógico) e digna de filme de terror. Tipo daquelas pra você assistir tarde da noite. Imagine aí você ver monstros mantando gente adoidado. É pouco? E canibalismo a mais de oito mil e até olho servido como comida e tripas jogadas ao chão? Tem isso também. Isso é apenas uma consequência do desenrolar da história.

No começo da década passada as séries Kamen Rider tinham uma pegada mais séria e com muita violência. Porém com um certo limite, devido ao horário. Com Kamen Rider Amazons a coisa foi maximizada, principalmente agora na nova temporada. Superando de vez a qualidade da fase iniciada por Kamen Rider Kugga, em 2000.

Por ser uma web série (da Amazon Prime japonesa), o limite de duração e a flexibilização dos elementos são maiores do que estávamos acostumados até pouco tempo. A liberdade do espectador assistir a hora que quiser também conta ao invés de esperar pelo mesmo Bat-horário e no mesmo Bat-canal. Isso também favorece para que a série tenha mais liberdade.

Até agora, o foco da atual temporada (que deve ser a última, se prestar atenção no alfabeto dos episódios) está no novo Rider, o Amazon Neo. Seu alter-ego é Chihiro (interpretado por You Maejima). Aliás, alguns elementos deste Amazon lembram designs dos primeiros Heisei Riders como o cinto e o visor, por exemplo. Bem mais sofisticado que os Amazons anteriores. Por outro lado, dentre os heróis principais apenas Haruka/Omega voltou, além de outros personagens da temporada passada. Por enquanto a história está em introdução. Ainda tem muito água pra jorrar. Ou melhor, muito sangue.

Assista Kamen Rider Amazons se você tiver mesmo nervos de aço e for maior de 15-16 anos. Na dúvida, tire as crianças da sala.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Fox retira suas séries do catálogo da Netflix

24 Horas até julho no canal de streaming

Não é novidade pra ninguém (exceto para os desavisados de plantão) que toda produção dos mais variados estúdios ficam no ar na Netflix por um período determinado mediante aos respectivos contratos. O que não impede de ser renovado antes ou depois da data de expiração.

Esta saída é mais significativa. A Fox deverá retirar em 1 de julho todas as temporadas das séries 24 Horas, Prison Break, How I Met Your Mother, American Horror Story, Bones, Glee e Sons of Anarchy do catálogo do canal de streaming. O motivo pode estar ligado à uma possível exclusividade dos títulos ao Fox Play, para as TVs por assinatura. Porém, nada confirmado até o fechamento deste post.

Como proveito dos próximos dois meses que restam, a Netflix lançou um vídeo para a última maratona. Veja: 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Cavaleiros e Dragon Ball pela manhã e sem cortes é um erro fatal da Rede Brasil


Recentemente foi confirmado que Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z finalmente vão ganhar horário alternativo na Rede Brasil a partir de maio. Será pela manhã (na faixa das 10h) e sem cortes.

Com essa decisão, o canal comete dois erros seguidos. Os tempos mudaram e as coisas não são mais como era na Manchete. Hoje está tudo tão politicamente correto que uma exibição matinal de duas séries violentas é um convite a um tiro no pé e a uma possível mudança de horário. E ainda mais por não ter cortes.

É até compreensível a tara das emissoras brasileiras por passar animes pela manhã, pela ideia de que tudo é "pra criança". Mas realmente não dá. Melhor mesmo é manter o horário oficial (este não vai mudar por enquanto) e implantar um horário alternativo na faixa das 23h ou das 24h. É mais sensato, considerando que o público alvo tem mais de 20-30 anos.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Pela primeira vez em Kamen Rider Ex-Aid, Poppy Pipopapo consegue surpreender

Poppy chora na hora da transformação

Semana passada disse que Lucky e Poppy Pipopapo mereciam se calar pra ver se melhorava alguma coisa em Kyuranger e Kamen Rider Ex-Aid, respectivamente. Finalmente a "palhacinha" conseguiu me agradar sem precisar de nada disso.

Falando sério, Poppy agora se tornou útil para o enredo. Ou se já não era desde algum tempo. É que ela é um Bugster que foi usada como espécie de agente duplo na CR. Porém, ela tinha bons sentimentos guardados e não deseja fazer mal a ninguém. O episódio deste domingo (23) mostrou o conflito sobre sua própria natureza (se do bem ou do mal) e a perseguição dos Riders contra a personagem de video game.

Impossível não se comover. O mínimo que o espectador poderia ter ao ver a cena é torcer por ela. Ruka Matsuda é uma boa atriz e conseguiu dar um outro aspecto à Poppy. Aqueles trejeitos infantis vão demorar pra sumir ou nem vão desaparecer. Mas de uma coisa é certa: Poppy se mostrou uma personagem digna de valor em Kamen Rider Ex-Aid e que pode ser maior do que aquela mera e estranha proposta inicial que conhecemos no segundo semestre do ano passado.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Akira Toriyama quase apela para um elemento da saga do androide Cell

Kaoih escapou desta vez (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Mais uma reciclagem de Toriyama aconteceu em Dragon Ball Super. No episódio deste sábado aparecem invasores do espaço que ameaçam a ilha onde o Androide 17 cuida dos animais do local. Num determinado momento da batalha, o chefe da nave espacial diz que possui um dispositivo de auto destruição em seu corpo.

Sem alternativa, Goku se teletransporta para o planeta do Senhor Kaioh. A mesma situação aconteceu na saga de Cell. O androide tinha ativado sua autodestruição e, para salvar a Terra, Goku se teletransporta junto com o androide para o planeta de Kaioh. O que levou na morte de todos que estavam naquele exato local e momento de DBZ.

Por sorte, Dende avisa que isso era apenas um blefe do chefe para tentar se safar. Ainda bem, pois desta vez não teria a mesma graça e emoção de antes.

domingo, 23 de abril de 2017

Jerry Adriani era um dos cantores mais carismáticos da Jovem Guarda

Jerry Adriani

A música brasileira ficou mais pobre hoje com a morte de Jerry Adriani na tarde deste domingo (23). Um dos galãs da era da Jovem Guarda. Começou a carreira em 1964 com o disco intitulado Italianíssimo, que, por sinal, tinha músicas em italiano, seguido de Credi a Me, no mesmo ano, que mantinha o mesmo estilo. Foi a partir do ano seguinte que ele despontou cantando músicas em português. Assim veio o lançamento do seu terceiro disco, Um Grande Amor.

Nos anos 60, Jerry também foi apresentador de TV no programa Excelsior a Go Go, da extinta emissora TV Excelsior. Contava com o auxílio de Luiz Aguiar e por lá eram apresentados vários cantores e bandas do movimento musical que estava em ascensão. Passou também pela extinta TV Tupi onde conduzia o programa A Grande Parada, em 1967. Ao seu lado tinha algumas apresentadoras, entre elas Betty Faria e a saudosa Marília Pera.

Jerry também passou pelo cinema brasileiro, protagonizando três filmes. Deu oportunidade a outros artistas. Foi graças a ele que conhecemos Raul Seixas. Jerry o incentivou com a criação da banda Raulzito e os Panteras. Além de participar de algumas canções. Seu talento era praticamente inesgotável. Além de TV e cinema, Jerry trabalhou no teatro. Mantinha trabalhos paralelos na TV, como nas novelas 74.5 Uma Onda no Ar (na extinta Manchete) e Malhação (na Globo).

Mas a música era sua paixão. Jerry voltou a gravar músicas da Jovem Guarda, prestou tributo ao rei do rock com o disco Elvis Vive e depois voltou a cantar música italiana nos anos 90. Algumas canções italianas foram parar em novelas globais como A IndomadaZazá e Terra Nostra. Ainda nesta fase, Jerry gravou música da Legião Urbana em italiano. "Forza Sempre", de 1999, foi um dos seus grandes sucessos desde os tempos dourados.

Por onde passava, Jerry sempre levava alegria e carisma. Todos curtiam e sua presença era contagiante em vários programas de TV. É um sujeito que vai fazer muita falta nos palcos.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Lucky e Poppy Pipopapo só atrapalham e tem mais é que calar as bocas

Poppy Pipopapo/Kamen Rider Poppy

As séries do bloco Super Hero Time, da TV Asahi, são bacanas. De um lado temos Kamen Rider Ex-Aid que provou que é uma boa série, apesar da aparência esdrúxula dos heróis. Do outro temos Kyuranger, um Super Sentai que, embora tenham mais e mais trambolhos gigantes pra vender brinquedos, tem mostrado que tem uma proposta diferente dos demais esquadrões.

Agora cá entre nós: essa dobradinha se sairia melhor ainda se não fosse por Poppy Pipopapo (Kamen Rider Poppy) e Lucky (Shishi Red), das respectivas séries. Os dois tem coisas em comum. São gasguitos, tentam fazer graça sem serem engraçados e só atrapalham as séries. Poppy tem tido momentos "dark" ao se transformar numa Rider, mas não é o suficiente pra deixar o lado "palhaço que mia toda hora". Já Lucky é aquela coisa chata de quase todo Sentai da década passada pra cá tem. De tempos em tempos soltando um "luck" aqui e um "luck" acolá. 

A solução seria calar as bocas dos dois personagens, colocarem esparadrapos ou qualquer coisa pra eles se aquietarem por um tempo. Aguentá-los não é uma tarefa fácil não.


Lucky/Shishi Red

quarta-feira, 19 de abril de 2017

King Kong ganha sua própria série de TV

O King Kong do MonsterVerse

Kong: A Ilha da Caveira ainda está em cartaz em algumas salas de cinema. Quem ficou até o fim, viu a cena pós-créditos que faz ligação com o futuro crossover entre o macaco gigante e Godzilla em 2020. Esta não é a primeira vez que os dois personagens se encontram, considerando encontro das criaturas em 1962.

Enquanto o encontro épico não acontece, as produtoras MarVista Entertainment e IM Global Television anunciam parceria para fazer uma série de TV de King Kong, baseada no recente filme. O live action não terá ligação com a cronologia MonsterVerse (este é o nome dado para o universo dos novos Zilla e Kong do cinema).

A trama do novo Kong: A Ilha da Caveira apresenta uma mulher que lidera um grupo que explorar os mistérios da ilha. Até o momento estão confirmados Jonathan Penner e Stacy Title no roteiro e Dannie Festa na produção executiva.

Mangá do Ultraman tem batalha digna de shonen clássico

O veterano Hayata de volta ao combate

Eu acompanho o mangá ULTRAMAN periodicamente. Atualmente, aqui no Brasil, a publicação está na sua oitava edição pela Editora JBC, enquanto no Japão está na nona. Na terra do sol nascente saem apenas dois volumes por ano. Cerca de seis meses entre um e outro número.

Por aqui o mangá está em sua melhor fase. Recentemente vimos a aparição da versão alternativa de Seiji Hokuto (Ultraman Ace). Esse foi um dos heróis que mais puxou referências às séries clássicas da franquia da Tsuburaya. Além de garantir uma luta emocionante e extremamente violenta, como vistos em clássicos títulos shonen como em Os Cavaleiros do Zodíaco e em Dragon Ball, por exemplo. O roteirista Eiichi Shimizu, em parceria com o desenhista Tomohiro Shimoguchi, consegue conectar uma releitura de Ultraman com vários elementos das séries clássicas. Tudo sai em perfeição, harmonia e o resultado faz com que o leitor roa as unhas e fique ansioso pra saber o que acontece no próximo número.

Há muitas reviravoltas, pistas e revelações surgindo e outras emoções que só quem lê o mangá sabe do que estou falando. Pra se ter uma ideia: Shinjiro, o filho de Hayata, passa a ter mais reconhecimento ao adquirir uma nova técnica. Enquanto isso, o segredo de Dan Moroboshi é revelado. E Hayata volta à ativa com uma armadura protótipo (que na realidade é uma versão aprimorada das armaduras de Shinjiro e Dan). Na capa do volume 8 vemos o Hayata com o tal traje e com uma diferença: um manto que jamais foi usado na história. Afim mesmo de comemorar os 50 anos do gigante prateado, já que o volume saiu no Japão em julho do ano passado.

O volume 9 de ULTRAMAN (estilizado assim mesmo com letras maiúsculas) foi publicado originalmente no final de dezembro passado e deverá chegar ao Brasil entre maio e junho pela Editora JBC. Finalmente podemos ver uma versão alternativa de Kotarou Higashi, o alter-ego de Ultraman Taro, que entra em ação logo mais. O "novo" herói quebra os padrões de vestimenta estabelecidos até o presente ponto. Se seguir a mesma periodicidade, o volume 10 deverá ser publicado no Japão em julho. No Brasil vai demorar um pouco, deixando assim de ser bimestral.

O mangá ULTRAMAN é leitura obrigatória para todo e qualquer fã de tokusatsu. Se você ainda não colecionou, está perdendo tempo e  a oportunidade de testemunhar o início de uma nova era. Não vai se arrepender. Lá também tem bons comentários de Cassius Medauar e no recente volume a participação de Marcelo Del Greco.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Fear The Walking Dead garante quarta temporada


Nem começou ainda a terceira temporada e o canal AMC confirmou oficialmente a quarta de Fear The Walking DeadDave Erickson será substituído pelos showrunners Andrew Chambliss e Ian Goldberg. Já Scott M. Gimple, showrunner de The Walking Dead, vai ser o produtor executivo do spin-off.

A terceira temporada está previsto para estrear no dia 4 de junho, tanto pelo AMC americano quanto no brasileiro. A quarta deverá estrear no meio de 2018.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Ultra Fight estreia oficialmente no Ultra Channel

Ultraseven e seu traje surradão (Foto: Reprodução/Ultra Channel)

Após investir em reprises diárias dos clássicos Redman e Triple Fighter, o Ultra Channel (canal oficial da Tsuburaya no YouTube) estreia nesta segunda (17) a série Ultra Fight. Como parte das comemorações dos 50 anos de Ultra Seven.

Um novo episódio será lançado de segunda à sexta a partir das 7h da matina (pelo horário de Brasília). A sequencia não seguirá aleatoriamente, já que se trata de esquetes com histórias isoladas. Afim de causar surpresa no espectador e ficar na surpresa o que veremos no dia seguinte. Bem como acontece com Chaves no SBT. Vale lembrar que cada episódio ficará no ar em uma semana, como é de praxe do Ultra Channel. Os episódios podem ser vistos nesta playlist (com mais cinco episódios lançados em agosto de 2016).

Ultra Fight foi exibido originalmente no canal TBS entre 28 de setembro de 1970 e 24 de setembro de 1971. Indo de segunda à sexta das 17:30 às 17:35. Totalizando 196 episódios. As lutas são basicamente no estilo de luta-livre e com improviso, narradas pelo locutor esportivo Jiro Yamada. Com qualidade inferior ao que é visto em Ultra Seven, porém a produção é constrangedora de tão engraçada. Se você é fã das séries Ultra, vale a pena a diversão.

O episódio de (re)estreia é o 102 que mostra Seven e seu monstro Agira contra o Alien Icarus. Assista agora "Seven Morre!":


Veja também:


sábado, 15 de abril de 2017

Emerson Camargo era uma das vozes mais importantes da história do tokusatsu na TV brasileira

Emerson Camargo em 1993 (Foto: Reprodução/E No Próximo Episódio)

Sem dúvida alguma, uma das vozes mais importantes ligadas à dublagem é a da Emerson Camargo. Começou sua carreira aos 16 anos traduzindo diálogos de filmes na antiga AIC São Paulo (hoje BKS). Logo passou a dublar a partir de 1964. Ele foi responsável por emprestar a voz ao primeiro super-herói japonês a passar na nossa. O lendário National Kid. Aliás, uma das séries mais importante da história do tokusatsu no Brasil, tão quanto Jaspion, Ultraman e tantos outros.

Emerson foi o primeiro dublador do Capitão Kirk, em Jornada nas Estrelas. Ao mesmo tempo que era diretor de dublagem da AIC e grande fã de ficção científica, ele havia feito um teste para interpretar o personagem vivido por William Shatner na TV, sendo aprovado pela distribuidora. Participou também na dublagem de várias séries clássicas, sendo os mais memoráveis em O Agente das UNCLE (a primeira voz de Ilya Kuryakin) e Jeannie é um Gênio (primeira voz do Major Nelson).

A charmosa voz de Emerson Camargo passou por várias passagens do tokusatsu em nosso país. Além de National Kid, foi ele quem narrou Ultra Seven, além de fazer pontas em alguns episódios da mesma série, como por exemplo, como Alien Annon no episódio 16 ("Olhos Onipotentes"). Em 1993, a convite da Sato Company, volta a dublar Masao Hata/National Kid em episódio lançados diretamente para VHS. A redublagem foi realizada em seu próprio estúdio, a Windstar. Porém o nome do estúdio não é mencionado na redublagem de National Kid e sim a do próprio Emerson. Afim de registrar a volta do dublador original ao papel. A Windstar dublou mais duas séries tokusatsu. Em Winspector e Patrine, narrou os episódios. Sem contar que ele foi Madocks (segunda voz) e Hayato Nakami (o pai da Estrela Fascinante), respectivamente. A Windstar fechou as portas e Solbrain, a continuação de Winspector, foi dublado na Mastersound. Lá estava mais uma vez a voz de Emerson como narrador e também como o computador Cross 8000 (sucessor de Madocks).

National Kid retornou em 2009 numa coleção definitiva em DVD, via Focus Filmes. Faltavam apenas as sagas "O Mistério do Garoto Espacial" e "Os Zarrocos do Espaço" para receber uma nova dublagem, um vez que elas não foram includidas no lançamento em VHS, nos anos 90. Sendo substituído por Afonso Amajones, que é veterano em séries do gênero. Emerson já estava aposentado e não queria mais voltar. Mas seus últimos trabalhos em tokusatsu se deram na narração dos filmes Superior Ultraman 8 Brothers e Ultraman Zero: A Vingança de Belial. No primeiro mencionado, dublou o Alien Hipólito (vilão que apareceu pela primeira vez em Ultraman Ace).

Ao lado de tantos outros dubladores como Gilberto Baroli e Carlos Laranjeira, por exemplo, Emerson Camargo é uma das vozes que mais admiro e que tem meu favoritismo. Parte do seu legado ficou registrado para apreciarmos sua interpretação que carregava todo um charme nas produções por onde passou. Não apenas na dublagem, como também sua voz está imortalizada para quem acompanhou as gerações passadas da TV brasileira. Vá com Deus, cavaleiro da paz e da justiça.

Em homenagem, deixo aqui um vídeo com a dublagem perdida do episódio final de National Kid, com a voz de Emerson Camargo:

Fox ignorou Akira Toriyama ao produzir Dragonball Evolution

O elenco de Dragonball Evolution

Dragonball Evolution é um assunto superado para alguns e para outros ainda é um motivo de "trauma". É impossível falar da franquia e não lembrar do filme que foi um dos maiores fiascos de todos os tempos. Existem outras produções antigas que são verdadeiras aberrações ao Goku e cia. Escrevi sobre elas aqui.

A versão norte-americana de DB voltou a ser assunto com uma revelação do próprio Akira Toriyama. Ele contou em entrevista ao Asahi Shimbun Digital que ele tentou avisar à Fox de que aquele roteiro apresentado nas telonas seria um erro. Porém, o estúdio ignorou o próprio mangaká e resolveu passar pra frente o que foi visto em 2009.

"Aquele roteiro que eles tinham havia capturado muito pouco da essência do universo e personagens de Dragon Ball, era vazio, então eu os avisei para mudar algumas coisas, mas não fui ouvido, eles confiavam muito no material que tinham. O resultado foi isso que eu não posso chamar de Dragon Ball."

Toriyama está coberto de razão e digo mais: Dragonball Evolution é mais um daqueles típicos filmes trash dignos de uma Sessão da Tarde ou de um Cinema em Casa da vida.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Não há motivo algum pra odiar o Goku de A Força do Querer

Yuri e sua mãe na novela das nove (Foto: Divulgação/Globo)

Sendo bem sincero, não costumo acompanhar novelas da atualidade. Sempre que posso assisto uma ou outra reprise das mais antigas. Fiquei curioso pra ver A Força do Querer pelo simples motivo de ver o tal garoto que quer ser o Goku de Dragon Ball (ou pelo menos é um cosplay do herói). Não assisti o capítulo da sexta-feira passada, mas vi o vídeo no sábado. Parei pra assistir na noite do mesmo dia.

O capítulo de sexta (7) foi da estreia de Yuri, um garoto de aproximadamente 14 anos que se veste como o nosso Saiyajin e assim quer ser chamado. Ele é do tipo caricato. Frequenta eventos de anime, anda com cosplayers, tem notas baixas na escola e ainda por cima se comunica com os pais falando ao celular. Sim, tem cara de mais um daqueles personagens estranhos que Glória Perez costuma colocar em suas novelas.

Enfim, o fato de ter um otaku na novela das nove não é motivo de barulheira entre os haters de plantão. Não vejo problemas em ter um personagem do tipo. Muito pelo contrário, é até bom os leigos terem uma visibilidade do que é um cosplay, o que é anime, etc. A primeira aparição de Yuri/Goku me lembrou aquelas séries animadas onde o personagem principal é relaxado e coisa do tipo. Alguém aí lembrou da Serena? Do Ash? Pois é.

O problema mesmo é como deve ser a visão de Glória Perez sobre essa cultura. Isso vamos saber daqui a semanas/meses. Ainda é cedo pra discutir. Não é que todo cosplay seja relaxado nos estudos ou coisa do tipo. Estamos falando de um adolescente que curte estas tralhas inúteis como a gente. Pela idade do personagem, é compreensível todo esse comportamento. Seria estranho se fosse um adulto de 30, 40 ou 50 anos agir feito criança. Entenda, não estou dizendo que quem está nessa faixa de idade mais "avançada" não possa fazer cosplay. Conheço amigos que se vestem e interpretam personagens ligados à cultura pop oriental e ocidental e são pessoas responsáveis. Eu mesmo pensei uma vez em fazer cosplay e tocaria pra frente se eu tivesse tempo e recurso.

Voltando sobre a novela: achei engraçado o Yuri (ou Kakaroto Son Goku) e alguns adolescentes são quase assim como ele, sejamos honestos. Odiar o cosplay ou o ator-mirim Adriano Alves, de 14 anos (fará 15 no próximo dia 18 de abril) é coisa digna de otakinho e não tem argumento nenhum. Se for só porque a Globo tá passando, lembre-se que a emissora carioca abriu espaço para animações japonesas numa era distante ao lado da concorrência. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Morre a Mãe de Ultra original

Peggy Hayama em Ultraman Taro

Morreu nesta quarta (12), aos 83 anos, a atriz Peggy Hayama, vítima de pneumonia. Na série Ultraman Taro (de 1973) ela foi a Dama de Verde. Ou melhor, a versão humana da Mãe de Ultra. Hayama também era cantora e foi presidente da Associação de Cantores do Japão e em anos recentes atuava como parte do conselho diretor. Hayama foi casada com o ator Jun Negami, o Capitão Ryu Ibuki na série O Regresso de Ultraman. Juntos eram conhecidos como o casal mais unido dentre os artistas japoneses. Umas de suas canções foi tocada no episódio 43 de O Regresso, quando o Capitão Ibuki ouve no rádio a música "Nangoku Tosa wo atonishite".

Mãe de Ultra em ação

Superman retorna em Supergirl

Supergirl e Superman

Em hiato de algumas semanas nos EUA, Supergirl retorna com novos episódios a partir do dia 24 de abril. A segunda temporada entra na reta final e - falando em retorno - o episódio final garante a participação de Superman. Mais uma vez o ator Tyler Hoechlin irá viver na pele de Clark Kent. Até o momento, sem detalhes sobre sua participação. Mas era esperado devido a receptividade do público.

A season finale de Supergirl será em maio e a terceira temporada está garantida para o fim do ano.

Tá no Ar supera paródia de Changeman com homenagem à TV dos anos 70

Adnet ataca de Larry Wilcox, astro da série CHiPs (Foto: Reprodução/Globo)

Um dos meus episódios favoritos desta temporada do Tá no Ar com certeza foi a inesquecível paródia de Changeman, o esquadrão Electro Five. Mas foi superada pelo último episódio exibido nesta terça (11). Marcelo Adnet e cia prestaram homenagem à década de 1970. Todo o episódio se passou por lá. Foi mais ou menos no final da segunda temporada, que homenageou a Globo pelo cinquentenário em 2015.

A abertura do programa foi ao estilo dos enlatados americanos da época. Com direito ao tradicional "Rede Globo apresenta" e com várias referências aos seriados como CHiPs, SWAT, A Mulher Biônica, Mulher Maravilha, KojakHomem-Aranha e As Panteras. Além das adaptações de quadros como Balada VIP, por exemplo, para o estilo setentista, vimos breves passagens do humorístico Chico City, do seriado Ciranda, Cirandinha, do especial Roberto Carlos, das novelas A Escrava IsauraO Astro e dos programas de auditório de Carlos Imperial e de Flávio Cavalcanti. Algumas das cenas tiveram montagens onde inseriam os atores do Tá no Ar interagindo com as situações.

Momentos engraçados a destacar são do Adnet imitando Chacrinha e jogando bacalhau da Vera Fischer, a mandioca do Roberto Carlos e o piano do Guilherme Arantes; Vila Sésamo cantando "YMCA" (do Village People); Jorge Beviláqua como repórter esportivo (antes de apresentar o Jardim Urgente) e o pai do Militante criticando a TV Tupi e elogiando a Globo.

Foi um final de temporada sensacional. Mais uma vez o elenco do Tá no Ar se superou e provou que este é o melhor programa humorístico da atualidade e que tudo isso pode ser feito com inteligência e muita criatividade. A próxima temporada só em 2018 e enquanto isso vamos aturar mais uma vez o insosso Adnight, no segundo semestre deste ano.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Dramas na Netflix: Samurai Gourmet


Em paralelo à estreia de Punho de Ferro, a Netflix lançou uma série interessante, principalmente para os amantes da cultura pop japonesa. Agregando à lista de dramas orientais com o selo de exclusividade do canal de streaming, está no ar a série Samurai Gourmet.

O título é uma adaptação do mangá Nobushi no Gourmet, de Masayuki Kusumi. Inicialmente a história parece ser ambientada em antigas eras dos samurais. É daí que conhecemos um guerreiro de nome desconhecido (vivido por Tetsuji Tamayama, o Gao Silver de Gaoranger). Por outro lado, vemos Takeshi Kasumi (Naoto Takenaka, que já participou de Kamen Rider Ghost). Um homem de 60 anos que acaba de se aposentar. Ele não é um samurai e é um personagem dos nossos dias. O que os dois personagens, de eras distintas, tem em comum? Sem ter mais que o que fazer na vida, Kasumi passa a experimentar vários pratos de diferentes locais/estabelecimentos ao mesmo tempo em que se depara com determinadas situações de seu próprio cotidiano. É aí que surge o samurai como uma figura de inspiração para resolver tais problemas. Ou quase.

A série Samurai Gourmet tem apenas 12 episódios com média de 20 minutos cada. As histórias são contadas com naturalidade e sem cair na monotonia. A interação é a narrativa do próprio Kasumi que liga um determinado momento do episódio com algum ponto de sua vida. Ligando à culinária que não é um mero elemento e tem tudo a ver com a narrativa. O imaginário do samurai acontece de repente e sem explicação. É mais na situação onde Kasumi pensa "o que ele faria no meu lugar?". Kasumi vive com sua esposa (interpretada pela veterana Honami Suzuki) que sempre lhe motiva a buscar novos hobbies para viver.

Curiosamente, Samurai Gourmet recebe as participações especiais de Susumu Kurobe (o primeiro Ultraman) e Gorou Ibuki (Hikoma Kusakabe de Shinkenger). Dois renomados atores de tokusatsu no mesmo episódio.

Bom, Samurai Gourmet me pegou de surpresa e tem me agradado pela trama simples, simpática e sem pretensões e o carisma de Kasumi.

Leia também:

- Dramas na Netflix: Midnight Diner

- Dramas na Netflix: Hibana e Good Morning Call

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Nova temporada de Sense8 promete ação e muita perseguição

Sense8 é aquela série da Netflix que ficou muito popular em meados de 2015 por contar a história de oito pessoas, de diferentes partes do mundo. O que eles tem em comum é que todos nasceram no mesmo dia e podem se comunicar, independente de onde estiverem. A primeira temporada foi bem fraquinha, mas suficiente para deixar uma incógnita que pode ser revelada na segunda temporada que vem aí no dia 5 de maio.

Saiu o primeiro trailer dos novos episódios e, até aqui, a série criada pelos irmãos Wachowskis (os mesmos que dirigiram a trilogia Matrix) chega promotendo mais ação e até uma deflagração de uma guerra entre os sensates. Assista ao vídeo:

Vale lembrar que a segunda temporada de Sense8 tem um episódio especial de natal que serviu como prólogo e parte da história se passa no Brasil.

Veja também o pôster oficial:


Dragon Ball Super nem precisava de tanto fan service pra começar de vez esse novo arco

O retorno do Androide 17 (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Nas vésperas da estreia Dragon Ball Super, há quase dois anos, a Toei Animation tinha confirmado que a série teria, no máximo, 100 episódios. Do jeito que a saga "Universe Survival" está lenta e enrolando o espectador, talvez tenhamos mais episódios no segundo semestre. Nada confirmado oficialmente no momento. Vamos aguardar.

O torneio está num hiato de 40 horas. Cada episódio tem passado um hora. Goku e cia estão quase se virando como Jack Bauer (com acréscimos). Caso não haja nenhum resumo pra contar como será esse recrutamento dos guerreiros veteranos, só vamos ver o torneio engrenar pra valer lá pra 2018. Claro que isso é só uma hipótese. Torço pra que as horas pulem mesmo.

Por sinal vamos ter dois episódios centrados na luta entre Goku e o Androide 17. Depois a luta entre Gohan e Piccolo. E logo após, a aparição da nova guerreira que foi anunciada. Isso é o que está confirmado até agora para as próximas quatro semanas.

Quando o torneio - ou melhor, quando o atual arco - vai começar de verdade? Há essa altura do campeonato, muita coisa deveria estar rolando. O que era pra ser uma saga mais intensa está cheirando ser mais uma chatice daquelas bem troll do Akira Toriyama.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Saban, já é hora de um filme dos Troopers

Os Troopers merecem também um reboot, né?

Ontem li no Mega Power Brasil, site do meu amigo Raphael Maiffre, que a Saban renovou os registros das séries tokusatsu VR Troopers e Beetleborgs para possíveis lançamentos de produtos ou simplesmente manter as marcas em mãos.

Enfim, o novo filme dos Power Rangers (leia a resenha sem spoilers aqui) está em cartaz e seria bom vermos um filme do trio Ryan Steele, Kaitlin Star e J.B. Reese no futuro. Não precisa ser necessariamente um filme para o cinema. Devido à popularidade mediana que carrega há mais de 20 anos, um reboot direto-para-vídeo seria ideal.

Tá certo que nem todo mundo gosta da série que adaptou Metalder, Spielvan e Shaider na TV norte-americana (eu sou fã confesso da bagaça desde a infância). Como os tempos são outros agora e VR Troopers tentou ser sério, a saga pela busca de Tyler Steele (o pai de Ryan) poderia ter mais consistência, ser bem trabalhada e a trama poderia ter mais sentido e com menos problemas de adaptação. As armaduras podem sim ser baseadas nos heróis japoneses só que com um visual high-tech, assim como os Rangers do cinema. E um Grimlord para o cinema teria mais chances de ser sombrio assim como Neroz, sua contraparte original, e menos caricato como na adaptação.

Como fã dos Metal Heroes e como analisador (:P) de cenas japonesas em séries nipo-americanas de tokusatsu, fica minha torcida para um reboot digno dos Troopers. Ajuda aí, Haim Saban.

#SomosRealidadeVirtual

#WeAreVR

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Kamen Rider Chronicle chuta bundas de quem subestimou Ex-Aid

Ex-Aid contra Kamen Rider Poppy

Antes de qualquer coisa, quando Kamen Rider Ex-Aid foi anunciado oficialmente no meio do ano passado, eu critiquei apenas o visual e esperava que a série fosse aquém. Até aí não fiz nenhum juízo dizendo que o atual Rider ia ser ruim. Esse tipo de análise só se faz só quando se assiste/acompanha um determinado programa. Nunca antes e ninguém pode falar nada por aí se não assiste. E muito menos comparar com Kamen Rider Amazons (que é feito pra outro tipo de público e com outra proposta). Apenas eu tinha receio pelas esquisitices que a Toei vem fazendo nos últimos tempos, ao contrário da Tsuburaya.

Ex-Aid pode ter assustado muito marmanjo (como eu) com o visual e desde então alguns fãs ainda vem e vão "julgando o livro pela capa". Nem falo mais sobre o visual (ainda acho horroroso), pois isso, querendo ou não, é coisa que a gente se acostuma ao assistir semanalmente. O que interessa mesmo é o rumo da trama. E é justamente nisso que Kamen Rider Ex-Aid vem provando que pode ser uma boa série e que visual não tem nada a ver com isso. Ou seja, todo aquele mimimi é bobagem. 

O que mais importa nesse momento é o jogo Kamen Rider Chronicle, criado por Kuroto Dan/Kamen Rider Genm, que é na verdade uma armadilha contra a humanidade. A primeira fase do plano foi executada e aé aqui esse elemento promete surpreender o público. A única coisa que ainda incomoda este blogueiro é a Poppi Pipopapo. A palhacinha (se é que assim podemos chamá-la) continua gasguita e espalhafatosa e não deve surpreender muito, mesmo tendo envolvimento com o game do mal. A não ser que isso seja só um disfarce muito bem feito.

Até aqui, Kamen Rider Ex-Aid pode não ser a melhor série da franquia, mas está indo muito bem na balança. Em outras palavras, queimando a língua e chutando traseiros de quem costuma fazer barulho por pouca coisa.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Os Defensores tem data de estreia na Netflix

Os Defensores (Foto: Divulgação/Entertainment Weekly)

A Netflix divulgou a data de estreia de Os Defensores. Será no próximo dia 18 de agosto. Pelo menos essa data foi sugerida no vídeo abaixo que mostra Matt Murdock/Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro juntos num elevador. Nos dígitos da câmera é possível decifrar esse "enigma". Outro elemento que pode servir como hype é o link do site New York Bulletin que mostram notícias relacionadas ao universo das séries da parceria Marvel/Netflix.

Assista ao vídeo:



A primeira temporada contará com 8 episódios.

Netflix começa a produção da nova temporada de Jessica Jones

Krysten Ritter como Jessica Jones

As gravações de Os Defensores já terminaram. Pra quem não sabe, esta série, produzida em parceria entre a Netflix e a Marvel, vai reunir o Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro numa missão especial que veremos logo mais no segundo semestre.


Após o encontro com os quatro heróis, quem estará de volta é Jessica Jones em sua segunda temporada, prevista lá para 2018. As gravações começaram nesta segunda (3) em Nova Iorque, segundo informações do site On Location Vacations.

Ainda não há detalhes sobre a nova temporada. Porém, a showrunner Melissa Rosemberg informou que a trama abordará aspectos psicológicos entre a detetive (interpretada por Krysten Ritter) e sua amiga Trish Walker (Richael Taylor).