quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Lupinranger VS Patranger traz um novo aspecto à franquia Super Sentai

O embate entre polícia e ladrão

Nos últimos tempos temos visto ótimas séries tokusatsu pra ninguém sair reclamando. Em 2017 tivemos os lançamentos de Kyuranger, a segunda temporada de Kamen Rider Amazons e os excelentes Ultraman Geed e Kamen Rider Build (este último ainda está em exibição e mandando muito bem). Agora em 2018 temos mais um ano que promete ser cheio para os fãs do gênero.

E começou muito bem com duas equipes Super Sentai se enfrentando numa mesma série. Assim é o ponto inicial de Lupinranger VS Patranger, que começou há um pouco mais de duas semanas no Japão. Ainda é cedo pra saber se as duas equipes irão se unir no meio da série ou próximo à reta final. Enfim, o que se sabe até o momento é que nos próximos episódios aparecerá um integrante que irá assumir duas identidades: uma atende o codinome Lupin X e outra como Patren X. O quarto membro de cada equipe. Agente duplo? Quem sabe.

Enfim, a nova série Super Sentai ainda mantém as mesmas tradições como robô gigante, por exemplo. O que muda, além de apresentar as duas equipes, é ver o ponto de vista de cada equipe. Tanto os trios Lupinranger quanto Patranger buscam o mesmo objetivo: capturar o tesouro Lupin Collection. Isso ao mesmo tempo em que o grupo maligno Gangler também visa este mesmo tesouro.

Até o momento quem tem me cativado mais é o trio Lupinranger (leia: "Lupanranger"), por causa do passado recente e trágico dos anti-heróis. O mais tocante foi saber um pouco mais sobre quem era Touma (Lupin Blue) no episódio deste domingo (25). É provável que passado de Umika (Lupin Yellow) seja visitado no próximo episódio e logo mais será a vez de Kairi Yano (Lupin Red). Por enquanto, o que podemos ver sobre o trio Patranger (leia: Pat-ranger) é o foco na captura de Lupinranger e de Gangler. Tudo em nome da lei. É esperado que em algum ponto da trama Keichirou (Patren Ichi-gou) comece a se perguntar se Lupinranger é um grupo maligno quanto Gangler e quem sabe um desenrolar para uma possível união das duas equipes. Algo que pode acontecer cedo, tarde ou talvez nunca.


Haruka Kudo, a mais nova musa das séries Super Sentai
Lupinranger VS Patranger (leia "VS" em inglês ao invés de "versus") é uma série que promete muitas surpresas e marcar história. A franquia Super Sentai está em um bom momento desde a Kyuranger, série que começou com nove integrantes e deu uma diferenciada ao contar uma trama futurística. Sinal de uma jogada bem trabalhada da Toei. Ainda não há indícios de que um dia Lupinranger VS Patranger vire alguma temporada de Power Rangers num futuro próximo agora que Go-Busters (de 2012) está garantido para ser Power Rangers Beast Morphers no próximo ano. As nuances infantis não são exageradas como algumas séries recentes da franquia e as dancinhas foram limadas. Aliás, desta vez não temos tema de encerramento. O que não fará falta alguma.

E uma última nota: a jovem atriz Haruka Kudo, a Umika/Lupin Yellow, já é disparadamente a musa das séries tokusatsu em 2018. Mal tinha começado a série e a atriz de apenas 18 aninhos roubou o coração do público. Em dezembro de 2017 deixou o grupo idol Morning Musume para se dedicar integralmente à carreira de atriz. Lupinranger VS Patranger não é a sua primeira participação como atriz. Anteriormente, enquanto integrante do Morning Musume, interpretou a personagem Miyashita Noa no drama Sugaku Joshi Gakuen (de 2012), estrelado por cantoras do grupo e de outros da Hello! Project.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Nobuhiro Watsuki, criador de Samurai X, é multado por material ligado à pornografia infantil

Você deve ter acompanhado o escândalo que envolveu Nobuhiro Watsuki em novembro do ano passado. Ele foi preso por posse de materiais de pornografia infantil em seu próprio escritório, além de confessar o crime.

O criador de Samurai X foi formalmente condenado nesta terça (27) pelo Ministério Público de Tóquio a pagar uma multa de 200.000 ienes. Algo em torno de R$ 6 mil.

Não é uma pena com grande peso e isso pode implicar em processos jurídicos, considerado que, atualmente, uma simples posse de materiais de pornografia infantil pode levar a uma pena maior. Entre um ano de prisão e até uma multa de 1 milhão de ienes. Cerca de R$ 28.500.

Nobuhiro Watsuki (ou Nobuhiro Nishiwaki, seu nome verdadeiro) é mundialmente conhecido por seu mangá Rurouni Kenshin - ou simplesmente Samurai X aqui no ocidente. Publicado pelas páginas da revista Shonen Jump entre 1994 e 1999. A série de animê foi exibida originalmente em horário nobre pela Fuji TV entre 1996 e 1998 e foi exibida no Brasil nas emissoras Globo e Cartoon Network. Atualmente está disponível no catálogo da Netflix.

Watsuki já esteve no Brasil em julho de 2013 para celebrar os 120 anos das relações diplomáticas entre nosso país e o Japão.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O que esperamos do filme nacional de Jaspion no cinema

Jaspion vai ganhar um remake oficial no Brasil (Foto: Divulgação/Sato Company)

Se você é daqueles que esperavam (ou pensaram em) ver uma participação maior de Jaspion no primeiro filme da série Space Squad, uma boa notícia: o maior super-herói japonês no Brasil vai ganhar o seu primeiro filme. E não é uma produção japonesa. Trata-se de um remake oficial e 100% brasileiro. Com produção da Sato Company, o filme tem aval da Toei Company, o estúdio que produziu a série original em 1985. A nota saiu em primeira mão pelo site Omelete na tarde desta quarta (21). Um dia antes da data em que Jaspion e Changeman completam 30 anos de estreia na extinta Manchete. 

Algo inédito e totalmente inesperado. Aliás, esta pode ser a primeira adaptação brasileira de um super-herói japonês do gênero tokusatsu. Nos anos 90, o sr. Nelson Sato, CEO da Sato Company, tinha planos para fazer uma adaptação brasileira de Cybercop, da Toho Company, devido ao grande sucesso na saudosa emissora da família Bloch. Porém o projeto nunca saiu do papel. Seria precursor de Power Rangers no formato de utilização de cenas japonesas e inclusão de atores estrangeiros. Porém não a primeira da história do tokusatsu. O pioneiro foi Godzilla, o Rei dos Monstros. Produção nipo-americana de 1956 que serviu de adaptação do filme original do kaiju da Toho.

É bem verdade que as opiniões estão divididas, mas ainda é cedo pra dizer se o filme irá vingar ou não. Tudo vai depender do conjunto da obra que a Sato irá reunir daqui pra frente. O mínimo que esperamos deste remake - que promete uma repaginação/atualização dos personagens - é uma fidelidade à mitologia do Tarzan Galático e que faça referências aos principais elementos da trama. Mais do que isso, é necessário uma consultoria e trabalho de pessoas que entendam e dominem, nos mínimos detalhes, sobre tokusatsu e saibam com que estão lidando. Seria pedir muito uma direção de Koichi Sakamoto? Quem sabe, mas tem que ter alguém que manje de cenas de ação, tokusatsu e alguém que tenha uma competência próxima a dele. Dependendo da produção, os efeitos especiais tem que ser os melhores possíveis. Seja para maquetes (por que não?) ou algo superior. O clipe "On The Rocks", primeiro single de Ricardo Cruz (da banda JAM Project) pode ser uma forte referência. Desde o local da pedreira até o modelo de sequencias de ação e efeitos especiais. E não menos importante: o fator roteiro. É essencial, ou melhor, primordial que a história tenha coerência e faça uma boa adaptação. Obviamente não dá pra injetar 46 episódios numa película de uma hora e meia ou duas horas. Por isso, personagens importantes e que acrescentam a mitologia sejam bem conduzidos.

O elenco será divulgado em agosto, durante o festival de filmes japoneses. Até lá vamos nos deparar com especulações de todos os tipos enquanto não saem mais informações oficiais. Espera-se que o elenco tenha bons atores. O único palpite que dou é de uma possível participação do sr. Sato e sua filha Jacqueline Sato. Afinal, no passado, o sr. Sato contribuiu com a narração de Cybercop. Já Jacqueline cantou o tema de abertura de Doraemon (a série de 2005) e tem uma carreira de atriz em ascensão.

Não se sabe ainda se esta nova produção terá ou não ligação com a série original. Mas será legal ver uma aventura inédita do Jaspion nas telonas. Este pode ser o primeiro passo para o tokusatsu se destacar mais uma vez para o grande público brasileiro. Ou seja, fora da esfera do fandom.

Atualização

O canal TokuDoc, tocado pelo meu amigo Danilo Modolo, entrou em contato com o sr. Nelson Sato nesta quinta (22) e o mesmo esclareceu, em primeira mão, detalhes sobre o filme de Jaspion. Assista o vídeo extra aqui.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Conspiração e rivalidade fazem de Kamen Rider Build a melhor série dos últimos tempos

O duelo entre Grease e Build (Foto: Divulgação)

Incompreendida algumas vezes, as séries Kamen Rider geram boas (e más) discussões ano após ano. Desde o visual até o roteiro. Apesar dos altos e baixos e a mudança dos tempos, os elementos atuais seguem o legado deixado por Shotaro Ishinomori. E as últimas séries tem surpreendido bastante. A qualidade chegou aos ápice com Kamen Rider Build. Uma série extremamente envolvente, que amarra o espectador desde o inicio e sempre vem um episódio mais espetacular do que o outro.

O episódio exibido nesta semana foi considerado pelo público como o melhor até o momento. Se você acompanha, deve saber que um duelo foi travado entre Sento/Build e Kazumi/Grease. Ambos representando as respectivas regiões de Touto e Hokuto que entraram em guerra. O dilema de Sento, a preocupação de Banjo e a lealdade de Kazumi aos seus companheiros Smash (um deles foi morto) foram pontos que deram um peso importante na batalha decisiva. Batalha essa que é digna de ser comparada a um final.

O escritor Shogo Muto vem realizando um excelente trabalho neste que é o seu primeiro em tokusatsu. A conspiração entre os Primeiros Ministros de Seito, Touto e Hokuto é outro elemento incontestável na trama e deve esquentar ainda com a aparição de Kamen Rider Rogue (Night Rogue?), até então desconhecido. A tendência é que Kamen Rider Build fique cada vez melhor e aumente mais a ansiedade para o fim de semana chegar e roer as unhas. Mais do que isso, é de longe a melhor série tokusatsu da Toei nos últimos 5, 10 anos. Sem mencionar que estamos diante do melhor vilão da franquia até hoje: Blood Stalk.

Kamen Rider Build tem momentos que não dá pra mencionar tudo num post inteiro e quem ainda não começou a acompanhar, nem imagina o potencial da série que pode ser a número um da franquia. Superando até mesmo clássicos como Kamen Rider Black, por exemplo. Sensacional.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Cultura pop sul-coreana é um exemplo de unidade que deveria ser seguido no fandom brasileiro de tokusatsu

A Lenda, um das séries sul-coreanas na TV brasileira

Outro dia eu andava num shopping center e vi um espaço temático totalmente dedicado à cultura pop sul-coreana. Coisas como amostras de K-dramas e o já tradicional K-pop. Incrível como essa cultura ganhou notoriedade em poucos anos. Goste ou não, é um fenômeno e só tem a crescer e conquistar novos adebtos. Seja de séries do gênero, seja do estilo musical.

Na esfera musical, o K-pop conquistou espaço em eventos de cultura pop/geek. Por um lado ganhou evidência, por outro divide espaço com a cultura pop japonesa (animês, cosplays, mangás, etc). Já as séries de drama tem popularidade há longa data no Brasil. Nos últimos anos os fãs só tiveram o que comemorar com a chegada de várias séries licenciadas no Brasil. Além de títulos na Netflix, há um canal oficial de streaming específico para este nicho, o DramaFever (equivalente a uma Chunchyroll para dramas da Coréia do Sul). Isso sem contar com uma faixa dedicada na Rede Brasil. Atualmente a emissora paulista - que exibe os animês Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z em horário nobre e em alta-definição - apresenta a reprise da série Happy Ending, que está em sua reta final. Em fevereiro será substituída por outro drama, A Lenda.

Tudo isso é resultado da união dos próprios fãs que fazem o fenômeno acontecer. Não sei você, mas isso me faz pensar no fandom brasileiro do gênero tokusatsu. Uma parte tem seus público fiel, que realmente valoriza materiais quando vem pra cá, reclamam pouco e são unidos. É o tal do "nicho do nicho". Fora dele não dá pra ver a coisa crescer como deveria. Infelizmente ainda se vê materiais licenciados sendo pirateados, desunião de fãs, falta de informação nas redes sociais, intolerância e até disputas (que só existem na mente de quem se acha que está sendo disputado). Claro que isso não implica ao fandom inteiro, veja bem. Tem muita coisa bacana sendo feita, principalmente na internet e com parcerias sérias.

A coisa vem mudando a passos lentos. Porém está longe de alcançar o mesmo fenômeno construído pelo fandom dos dramas e da música sul-coreana. Falta muita coisa ainda pra engrenagem andar mais rápido, a começar maturidade de algumas cabeças (que já passaram dos 30, diga-se). Talvez uma real ascensão do tokusatsu seja improvável ou anos-luz de acontecer. Porém não impossível. Basta cada um fazer sua parte e entender determinados conceitos.

Que o exemplo dos fãs de K-drama e de K-pop sirva de lição para quem, lamentavelmente, ainda não aprendeu com os nossos queridos heróis japoneses.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Cavaleiros: A Lenda de Fênix representa Ikki com grandiosidade

O Cavaleiro Ikki de Fênix do fan film (Foto: Reprodução)

No último fim de semana saiu no YouTube um fan film baseado em Os Cavaleiros do Zodíaco focado no anti-herói Ikki de Fênix. A Lenda da Fênix é um título que, na primeira impressão, nos faz pensar que poderia se tratar de algo que poderia imaginar a origem de Ikki antes de se tornar o Cavaleiro de Fênix. Porém é uma homenagem que o representou com grandiosidade este grande personagem.

A Lenda de Fênix se passa em algum ponto da saga dos Cavaleiros de Atena onde Ikki visita o túmulo de sua amada Esmeralda. Durante o momento de contrição, ele é surpreendido por Thomas e seus capangas, que o desafiam para uma batalha. Thomas tem uma forte relação com Guilty, o satânico mestre de Ikki que o treinara na Ilha da Rainha da Morte. Por decisão de Ikki (e até por questões técnicas), a batalha contra Thomas é decidida sem o uso da armadura de bronze. Porém, o momento crucial leva os dois a um triste episódio do passado.

Para os padrões, o fan film A Lenda de Fênix foi muito bem feita e percebe-se o cuidado com cada detalhe. O fato de Ikki não ter usado a armadura foi uma decisão acertada, uma vez que isso poderia comprometer a produção por questões técnicas ou mesmo de orçamento. Isso enriqueceu ainda mais o trabalho e deu um tom poético à mini trama. O local poderia lembrar o cenário infernal da Ilha da Rainha da Morte, mas seria exigir demais. Aliás, foi bem propício, já que se tratava do túmulo de alguém muito querida pelo Cavaleiro de Fênix.

Interpretado por atores brasileiros, o fan film conta com elenco de dublagem paulista. Foi convidado especialmente Leonardo Camilo para viver mais uma vez Ikki de Fênix. Flávio Dias (Poseidon na dublagem clássica da Gota Mágica e Sísifo de Sagitário em The Lost Canvas) narrou passagens do início e do final da história e também dublou Guilty nesta versão. Também estiveram Wilken Mazzei (Killa em Dragon Ball Kai) como Thomas e Beatriz Villa (Mei Terumi no game Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm 4) como Esmeralda. A produção reproduz algumas das BGMs mais marcantes do saudosíssimo maestro Seiji Yokoyama e com direito a um revival da sangrenta batalha de Ikki contra Guilty que culminou na morte de Esmeralda. O tema escolhido para o encerramento foi "Chikyuugi", canção da saga de Hades cantada originalmente pela doce Yumi Matsuzawa e interpretada na versão brasileira pela Larissa Tassi (da antiga dupla com William Kawamura e atual integrante do trio Danger3). Desta vez a canção ganhou versão própria cantada por Nando Rodrigues e Maíra Brito.

A título de nota, Nando Rodrigues foi o roteirista e diretor do fan film, além de assumir boa parte da produção independente. Sem fins lucrativos, A Lenda de Fênix foi realizada em parceria das produtoras Raciocinando Filmes, Friends Groups Entertainment e Hipnótico Filmes. Todas elas com trabalhos extensos em seus respectivos currículos.

Assista o fan film a seguir:



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

José Luiz Barbeito marcou gerações como Kuwabara


"A flor tem que ser de cerejeira. E o homem tem que ser Kuwabara!". Essa frase do maior aliado de Yusuke Urameshi, do animê Yu Yu Hakusho, é apenas um pedaço de um legado deixado por sua voz que marcou uma geração que acompanhava animês, filmes, novelas mexicanas e até produções tokusatsu.

Seu grande destaque foi em Yu Yu Hakusho, onde emprestou a voz para Kuwabara. Na mesma época fazia a voz de Dexter, do desenho O Laboratório de Dexter. Um clássico do canal pago Cartoon Network no final dos anos 90. Nas séries tokusatsu sua voz foi marcada no personagem Tetsuo Shinjoh (vivido por Shigeki Kagemaru) em Ultraman Tiga (segundo créditos de dublagem nos filmes A Odisseia Final e Os Guerreiros da Estrela da Luz). Interpretou Rito Revolto nas dublagens clássicas da terceira temporada de Mighty Morphin Power Rangers e Power Rangers Zeo. Além de participar de algumas outras temporadas da franquia. Também foi Piccodevimon na primeira série Digimon Adventure.

José Luiz Barbeito também dublou Will Smith no filme A Procura da Felicidade, Jamie Foxx no revival de Miami Vice, o saudoso Philip Seymour Hoffman em filmes como Patch Adams: O Amor é Contagioso entre tantos outros trabalhos.

Estava afastado das dublagens há alguns anos e nos últimos seis meses passou por um tratamento contra o alcoolismo. José Luiz Barbeito morreu aos 56 anos, vítima de um ataque cardíaco. Familiares, colegas de profissão e amigos de adolescência (que o ajudaram no tratamento) prestaram suas homenagens.


Kuwabara é o papel de maior referência de Barbeito nos animês

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

The Cloverfield Paradox é fraco, mas deixa pistas no ar

Os tripulantes da estação Cloverfield

A Netflix preparou uma surpresa guardada a sete chaves. Durante o intervalo da 52ª edição do evento esportivo Super Bowl, foi liberado o primeiro trailer de The Cloverfield Paradox. O que ninguém esperava era que o filme estava mais perto do que imaginávamos. O terceiro longa da franquia Cloverfield estreou na madrugada desta segunda (5) no Brasil e também nos outros países onde o canal de streaming atua. Uma jogada inédita (e esperta) da Netflix.

O primeiro filme foi lançado nos cinemas em janeiro de 2008, pela Paramount, e carregava dois conceitos: o primeiro era o estilo found footage. Espécie de documentário como A Bruxa de Blair, Distrito 9, entre outros. E o outro era o estilo de filmes kaiju. Gênero consagrado de filmes de monstros que começou com Godzilla, deu origem a outros personagens que marcaram o cinema japonês como Rodan, Gamera, Mothra etc e continua vivo na cultura pop. Na época, J.J. Abrams tinha parceria com Brian Burk na produção. Os conceitos mencionados foram abandonados a partir de março de 2016 com o segundo filme, Rua Cloverfield, 10, que tinha uma temática diferente e com terror psicológico. Assim a franquia começava a andar em caminho inverso ao Godzilla e Círculo de Fogo (ambos da Legendary Pictures) e tomava seu próprio rumo. Distanciando da sua proposta original. Abrams conta com Lindsey Weber, que substituiu Burk e segue até hoje com a produção.

O terceiro filme se passa num futuro próximo onde a humanidade sofre com a escassez de combustíveis. Afim de criar uma nova energia inesgotável, uma estação espacial é enviada em caráter especial. A jornada causa um rompimento no espaço-tempo e daí criando situações esquisitas. The Cloverfield Paradox tenta ser um filme assustador de ficção-científica, porém é cheio de clichês e não consegue ser mais do que isso. Porém, de alguma forma, consegue conectar ao filmes anteriores e até abrindo a possibilidade de acrescentar futuramente novos elementos na mitologia. O que pode render algumas respostas e também lacunas abertas (vide o que aconteceu em Lost, também de Abrams). Em parte, o filme prende atenção em alguns momentos, mas deixa a desejar em outros.

Ainda este ano, a franquia Cloverfield terá mais um filme, sendo o terceiro para as telonas. Overlord deverá servir como prólogo desta mitologia e tem previsão de estreia no Brasil para 25 de outubro.